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Humans intervened every 9 minutes in AAA test of driver assists

Os sistemas avançados de assistência ao motorista, conhecidos pela sigla ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), representam um conjunto de tecnologias projetadas para auxiliar o condutor na operação do veículo e na prevenção de acidentes. Estes sistemas variam em funcionalidade, desde monitoramento passivo até intervenções ativas, visando aprimorar a segurança e o conforto durante a condução. … Ler mais

Os sistemas avançados de assistência ao motorista, conhecidos pela sigla ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), representam um conjunto de tecnologias projetadas para auxiliar o condutor na operação do veículo e na prevenção de acidentes. Estes sistemas variam em funcionalidade, desde monitoramento passivo até intervenções ativas, visando aprimorar a segurança e o conforto durante a condução. A compreensão do desempenho e das limitações dessas tecnologias é fundamental para motoristas e fabricantes, especialmente à medida que a integração entre humanos e máquinas no ambiente veicular se torna mais complexa.

Entre as diversas categorias de ADAS, algumas atuam como um par extra de olhos e ouvidos, monitorando o ambiente do carro para alertar o motorista ou, em certas situações, intervir diretamente se uma colisão for iminente. Exemplos incluem o monitoramento de ponto cego, os alertas de colisão frontal e os sistemas de frenagem de emergência automática. Outros sistemas são mais focados na conveniência, aliviando parte da carga de trabalho da condução, como o controle de cruzeiro adaptativo e a assistência de permanência em faixa.

Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista (ADAS)

A tecnologia ADAS abrange uma ampla gama de funcionalidades. Os sistemas de alerta, por exemplo, notificam o motorista sobre perigos potenciais, como a presença de um veículo no ponto cego ou a aproximação rápida de um obstáculo. Já os sistemas de intervenção podem atuar de forma autônoma para mitigar ou evitar uma colisão, como a frenagem automática de emergência que aplica os freios se o motorista não reagir a tempo.

O controle de cruzeiro adaptativo, por sua vez, ajusta automaticamente a velocidade do veículo para manter uma distância segura do carro à frente, enquanto a assistência de permanência em faixa ajuda a manter o veículo centralizado na pista, realizando pequenas correções na direção. Essas funcionalidades, embora contribuam para a segurança, são frequentemente percebidas como recursos que aumentam o conforto do motorista em viagens longas ou em condições de tráfego.

Assistência em Congestionamentos (Traffic Jam Assist)

Uma das inovações mais recentes no campo dos ADAS é a assistência em congestionamentos, ou Traffic Jam Assist. Este sistema é uma variação do controle de cruzeiro adaptativo combinado com a assistência de permanência em faixa, especificamente projetado para operar em situações de tráfego intenso, com paradas e arranques frequentes, geralmente em rodovias de acesso limitado. Sua funcionalidade é otimizada para baixas velocidades, tipicamente desativando-se acima de aproximadamente 65 km/h (40 mph).

É importante notar que a maioria desses sistemas, incluindo o Traffic Jam Assist, são classificados como “Nível 2” de automação. Nesta classificação, o motorista humano permanece totalmente responsável pela manutenção da consciência situacional e deve estar pronto para assumir o controle do veículo a qualquer momento. Existem sistemas mais avançados, como os de “Nível 3”, que permitem ao motorista desengajar-se completamente da tarefa de dirigir em certas condições, mas estes não foram o foco do estudo em questão.

O Estudo da AAA sobre ADAS

A American Automobile Association (AAA) conduziu recentemente um estudo para avaliar o desempenho de cinco sistemas ADAS em condições reais de tráfego. Os sistemas testados não foram nomeados publicamente no relatório. A pesquisa foi realizada na área de Los Angeles, Califórnia, uma região conhecida por seu tráfego rodoviário intenso e consistente, o que proporcionou um ambiente ideal para a avaliação das tecnologias em cenários de congestionamento.

Metodologia e Condições de Teste

Os testes foram executados simultaneamente por equipes em diferentes veículos, cobrindo as mesmas rotas durante os períodos de pico de tráfego nos dias úteis, tanto pela manhã quanto à tarde. Esta abordagem garantiu que todos os sistemas fossem submetidos a condições de tráfego comparáveis. Os veículos foram operados por uma média de 550 quilômetros (342 milhas) ao longo de 16,2 horas de condução.

Durante os testes, os sistemas ADAS foram ativados e operados estritamente de acordo com os manuais do usuário de cada veículo, garantindo que as avaliações refletissem o comportamento esperado dos sistemas conforme projetado pelos fabricantes. Os veículos utilizados no estudo foram equipados com câmeras e dispositivos GPS para registrar detalhadamente as condições de tráfego, o comportamento dos sistemas e as ações dos motoristas, coletando dados objetivos para a análise.

Resultados Observados: Intervenção Humana

Um dos achados centrais do estudo da AAA foi a frequência com que a intervenção humana se fez necessária durante a operação dos sistemas ADAS. Os dados coletados indicaram que os motoristas precisaram intervir ativamente na condução a cada nove minutos, em média, enquanto os sistemas de assistência estavam ativados. Esta intervenção pode ter incluído ações como assumir o controle da direção, aplicar os freios, acelerar ou desativar o sistema devido a uma situação não gerenciada adequadamente pela tecnologia.

A necessidade de intervenção humana frequente sublinha a natureza de assistência, e não de autonomia plena, dos sistemas de Nível 2. Mesmo em condições para as quais foram projetados, como o tráfego de congestionamento, esses sistemas exigem a vigilância constante do motorista. A observação de que os motoristas precisavam retomar o controle a cada poucos minutos destaca a importância de os condutores permanecerem engajados e preparados para agir, mesmo quando a tecnologia está ativa.

A Interação Humano-Máquina em Veículos

A presença de sistemas ADAS nos veículos modernos altera a dinâmica da condução, transformando-a de uma tarefa puramente manual para uma colaboração entre o motorista e a tecnologia. Embora esses sistemas ofereçam benefícios claros em termos de segurança e conveniência, eles também introduzem novas considerações sobre a interação humano-máquina e a responsabilidade do motorista.

Responsabilidade do Motorista em Sistemas de Nível 2

A classificação de “Nível 2” para a maioria dos sistemas ADAS disponíveis comercialmente implica que o motorista é o principal responsável pela operação segura do veículo. Isso significa que, apesar da assistência fornecida por sistemas como o controle de cruzeiro adaptativo e a assistência de permanência em faixa, o motorista deve manter a atenção na estrada, monitorar o ambiente e estar pronto para intervir a qualquer momento. A tecnologia atua como um auxílio, não como um substituto para a atenção e o julgamento humano.

A necessidade de intervenção regular, conforme observado no estudo da AAA, reforça a importância da educação do motorista sobre as capacidades e, mais crucialmente, as limitações dos sistemas ADAS. Os motoristas precisam compreender que esses sistemas não são autônomos e que a supervisão ativa é indispensável para garantir a segurança. A familiarização com o manual do proprietário do veículo e a prática com as funcionalidades são passos importantes para uma utilização segura e eficaz.

A Evolução Contínua da Tecnologia Automotiva

Os resultados de estudos como o da AAA contribuem para o desenvolvimento contínuo da tecnologia automotiva. Ao identificar as áreas onde os sistemas ADAS atuais podem exigir mais refinamento ou onde a interação com o motorista pode ser aprimorada, os fabricantes podem trabalhar para desenvolver soluções mais robustas e intuitivas. A meta é avançar em direção a sistemas que ofereçam maior segurança e confiabilidade, ao mesmo tempo em que gerenciam as expectativas dos motoristas sobre o nível de automação.

A pesquisa e o teste independentes são componentes vitais nesse processo, fornecendo dados objetivos que informam tanto a indústria quanto o público. À medida que a tecnologia de condução autônoma avança, a transição entre os diferentes níveis de automação e a clareza sobre as responsabilidades do motorista em cada nível se tornam cada vez mais importantes para a segurança rodoviária geral. O foco permanece na criação de um ambiente de condução mais seguro e eficiente, com a tecnologia atuando como um parceiro valioso para o motorista.

Fonte: https://arstechnica.com/cars/2025/08/humans-intervened-every-9-minutes-in-aaa-test-of-driver-assists/

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