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Ibovespa: Bolsa, Dólar e Juros no radar desta quarta-feira

Economia

Nesta quarta-feira, o Ibovespa apresenta sinais de perda de fôlego, com a possibilidade de que o índice teste o patamar de suporte de 140 mil pontos. O dia é marcado por uma confluência de eventos econômicos e políticos que demandam atenção dos investidores, tanto no Brasil quanto nos mercados globais.

O cenário doméstico inclui o acompanhamento da Medida Provisória 1303 no Congresso Nacional, que aborda a taxação de aplicações financeiras, bem como as declarações do ministro da Fazenda. Internacionalmente, a expectativa está voltada para a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.

Ibovespa: Bolsa, Dólar e Juros no radar desta quarta-feira

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após um revés com a MP, manifestou-se a favor de uma revisão regulatória para as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). Enquanto isso, uma pesquisa recente da Quaest aponta que iniciativas como a isenção do Imposto de Renda e a taxação da renda gozam de amplo apoio da população, o que contribui para a elevação da aprovação do presidente Lula.

Mercados Globais em Movimento

Os preços do petróleo registraram alta de aproximadamente 1% nesta quarta-feira, impulsionados por um relatório misto da indústria dos EUA sobre os estoques da commodity. Além disso, os operadores mantêm foco na perspectiva de oferta global, com a OPEP+ mantendo sua pressão por aumentos na produção e a expansão da produção americana. O petróleo WTI subiu 1,09%, atingindo US$ 62,40 o barril, enquanto o Brent avançou 0,99%, cotado a US$ 66,07 o barril.

Na Europa, as bolsas operam em alta, recuperando-se de uma semana de turbulências políticas na França. Esse movimento ocorre após a inesperada renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu, que deixou o cargo antes de apresentar o plano orçamentário à Assembleia Nacional – um cenário que já havia derrubado duas administrações anteriores de curta duração. Em um desdobramento surpreendente, o presidente Emmanuel Macron concedeu a Lecornu um prazo adicional de 48 horas para conduzir discussões finais com partidos rivais, na tentativa de superar o impasse político. Lecornu deverá apresentar um relatório a Macron sobre possíveis avanços na noite desta quarta-feira. Os principais índices europeus registravam avanços: STOXX 600 com +0,48%, DAX (Alemanha) com +0,48%, FTSE 100 (Reino Unido) com +0,55%, CAC 40 (França) com +0,65% e FTSE MIB (Itália) com +0,49%.

Em contraste, os mercados da Ásia-Pacífico encerraram o pregão em baixa nesta terça-feira. O iene recuou para o menor nível desde fevereiro, após a vitória de Sanae Takaichi na liderança do Partido Liberal Democrata (PLD) do Japão. A parlamentar, conhecida por sua postura pró-estímulo, diminuiu as expectativas de que o Banco do Japão eleve as taxas de juros em breve, exercendo pressão sobre a moeda japonesa. Os mercados da China continental e da Coreia do Sul permaneceram fechados devido a feriados locais.

Expectativas nos Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta quarta-feira, após a interrupção abrupta do rali de inteligência artificial na sessão anterior. Investidores aguardam a ata do Federal Reserve para obter informações sobre a economia, em meio à escassez de dados oficiais. A paralisação do governo americano impediu a publicação de indicadores importantes, como o relatório de empregos (payroll) de setembro, que não foi divulgado na semana passada. Esse dado é crucial para o Fed, pois o mercado de trabalho é um dos principais parâmetros para suas decisões de política monetária. Até o momento, não há previsão para o fim do impasse em Washington, com o presidente Trump apoiando a posição republicana de não haver negociações sobre os subsídios de saúde. Trump também ameaçou não pagar retroativamente os trabalhadores durante o período de paralisação. O Dow Jones Futuro registrava alta de +0,19%, o S&P 500 Futuro +0,16% e o Nasdaq Futuro +0,21%.

A comissão mista da MP 1303 aprovou uma versão desidratada do texto no início da noite de terça-feira, e a votação no plenário da Câmara está prevista para esta quarta-feira. O governo enfrenta uma corrida contra o tempo, pois a MP precisa ser votada pelos plenários das duas Casas do Congresso até o final desta quarta-feira para não perder a validade. A aprovação da medida na comissão, às vésperas de caducar, foi possível graças a um acordo costurado diretamente por Fernando Haddad. O ministro participa, nesta quarta, de uma entrevista coletiva sobre o 3º Leilão do Programa Eco Invest Brasil, às 14h.

Globalmente, as ações avançavam, com os investidores se apegando à perspectiva de juros mais baixos, ignorando a turbulência política na França e no Japão. Enquanto isso, a paralisação prolongada do governo dos Estados Unidos impulsionou o ouro acima de US$ 4.000 a onça pela primeira vez. As atenções à tarde se voltam para a divulgação da ata do Fed, às 15h. Em um momento em que a paralisação do governo americano atrasa a divulgação de dados econômicos importantes e com a aproximação da temporada de balanços, os operadores devem analisar cada sinal em busca de pistas sobre crescimento, inflação e taxa de juros. Conforme reportagem da Reuters, a expectativa é alta por detalhes sobre a política monetária.

Desempenho dos Mercados Ontem

Em Nova York, os principais índices fecharam no vermelho ontem, desanimados por um relatório do Federal Reserve de Nova York sobre o mercado de trabalho. A Pesquisa de Expectativas do Consumidor indicou que os entrevistados elevaram as expectativas de que o desemprego geral será maior em um ano, em comparação com agosto, e houve um aumento na probabilidade esperada de perder o emprego. O relatório também apontou uma expectativa mais alta de inflação. A pesquisa, realizada durante o mês de setembro, foi concluída antes da paralisação do governo. O Dow Jones fechou em -0,20% a 46.602,98 pontos, o S&P 500 em -0,38% a 6.714,59 pontos e o Nasdaq em -0,67% a 22.788,36 pontos.

No mercado de juros futuros, os DIs encerraram a sessão de ontem com altas em toda a curva, com exceção do vértice mais curto. O DI1F26 registrou 14,896% (-0,002 pp), DI1F27 14,130% (0,025 pp), DI1F28 13,535% (0,055 pp), DI1F29 13,460% (0,090 pp), DI1F31 13,680% (0,115 pp), DI1F32 13,775% (0,125 pp), DI1F33 13,790% (0,120 pp) e DI1F35 13,770% (0,110 pp).

O dólar comercial voltou a subir frente ao real, registrando alta de 0,75% e terminando o dia cotado a R$ 5,351 na venda e R$ 5,350 na compra. O movimento alinhou-se com a valorização global da divisa norte-americana, que fez o índice DXY avançar 0,54%, alcançando 98,64 pontos. A mínima do dia foi de R$ 5,320 e a máxima de R$ 5,353.

Ações em Destaque

Entre as maiores baixas de ontem, destacam-se: MRVE3 (-12,12%, R$ 6,31), RAIZ4 (-7,22%, R$ 0,90), VAMO3 (-6,54%, R$ 3,00), LREN3 (-5,70%, R$ 13,57) e AZZA3 (-5,69%, R$ 25,03). Já as maiores altas foram: BEEF3 (1,21%, R$ 6,69), RECV3 (0,89%, R$ 12,46), BBSE3 (0,79%, R$ 33,06), EGIE3 (0,50%, R$ 40,15) e PETR4 (0,36%, R$ 30,83).

As ações mais negociadas foram: BBAS3 (49.741 negócios, -0,93%), ITUB4 (37.598 negócios, -1,59%), LREN3 (34.503 negócios, -5,70%), ASAI3 (32.575 negócios, -2,78%) e B3SA3 (31.989 negócios, -3,16%).

O Ibovespa fechou a sessão de ontem com uma baixa de 1,57%, encerrando aos 141.356,43 pontos. A máxima do dia foi de 143.606,01 pontos e a mínima de 141.035,66 pontos, com uma diferença de -2.251,65 pontos em relação à abertura. O volume negociado atingiu R$ 24,60 bilhões. Em termos de desempenho, a semana acumula queda de -1,97%, o mês de outubro -3,34%, o quarto trimestre de 2025 -3,34% e o ano de 2025 registra alta de +17,52%.

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Este panorama detalhado das movimentações de mercado, englobando o Ibovespa, dólar e juros, reflete a complexidade do cenário econômico atual. Acompanhar de perto esses indicadores é fundamental para entender as tendências e tomar decisões informadas. Para aprofundar seu conhecimento sobre os recentes desenvolvimentos no cenário econômico nacional e global, explore mais em nossa editoria de Economia.

Crédito da imagem: InfoMoney

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