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Futuros de NY reagem e recuperam após falas de Trump

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Os futuros de NY demonstraram uma notável recuperação nesta segunda-feira (13), sinalizando uma estabilização no sentimento de risco global. Este movimento ocorreu após um início de dia desafiador para as ações asiáticas, que foram abaladas por novas escaladas nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Apesar da instabilidade inicial, percebeu-se uma valorização nos futuros de Wall Street, indicando uma mudança de perspectiva nos mercados.

A jornada comercial começou com certas incertezas, especialmente devido a feriados observados no Japão e nos EUA, o que resultou em negociações instáveis. A incerteza política, por sua vez, continuou a influenciar ativos japoneses e europeus, adicionando uma camada de complexidade ao cenário financeiro internacional.

Futuros de NY reagem e recuperam após falas de Trump

As flutuações no mercado foram significativamente influenciadas pelas declarações do então presidente dos EUA, Donald Trump. Inicialmente, Trump havia ameaçado impor tarifas de 100% à China, com previsão de início para 1º de novembro. Contudo, em uma reviravolta no fim de semana, o tom de suas comunicações tornou-se mais conciliatório. Em suas postagens, o presidente expressou otimismo, afirmando que “tudo ficaria bem” e que os EUA não tinham a intenção de “prejudicar” a China, o que ajudou a aliviar as tensões e impulsionar a recuperação dos futuros.

Paralelamente, Pequim reagiu às recentes agressões dos EUA no domingo (12), defendendo suas restrições às exportações de elementos de terras raras e equipamentos. No entanto, a China optou por não impor novas taxas sobre produtos norte-americanos, uma decisão que foi vista como um gesto de contenção, contribuindo para a diminuição da aversão ao risco nos mercados globais.

Analistas de mercado observaram com atenção esses desenvolvimentos. Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs, em uma nota, expressou a expectativa de que a resolução final incluiria uma extensão da pausa tarifária atual, a ser definida após 10 de novembro, acompanhada de novas, mas limitadas, concessões de ambas as partes. Contudo, Hatzius também alertou que as recentes mudanças políticas sugeriam uma gama mais ampla de resultados em comparação com negociações anteriores. Ele apontou para a possibilidade de maiores concessões, mas também para o risco de novas restrições substanciais à exportação e tarifas mais elevadas, ainda que temporariamente.

No cenário geopolítico mais amplo, vários líderes mundiais, incluindo Trump, estavam agendados para se reunir no Egito nesta segunda-feira. O encontro tinha como pauta principal a discussão de planos para um cessar-fogo em Gaza, demonstrando a interconexão entre eventos políticos e as dinâmicas dos mercados globais.

Os mercados japoneses, em particular, enfrentaram seus próprios desafios. A ascensão da nova líder do LDP, Sanae Takaichi, ao cargo de primeira-ministra tornou-se incerta, contribuindo para uma forte valorização do iene e uma queda de 5% nos futuros do Nikkei na sexta-feira. Embora o Nikkei (.N225) estivesse fechado na segunda-feira, os futuros (NKc1) registraram alta de 1,0%, atingindo 46.560, apesar de permanecerem consideravelmente abaixo do fechamento à vista de 48.088.

Em Wall Street, a tentativa de recuperação foi evidente. Os futuros do S&P 500 (ESc1) avançaram 0,8%, enquanto os futuros do Nasdaq (NQc1) saltaram 1,1%. A semana marcou o início da temporada de resultados, com os principais bancos, como JPMorgan (JPM.N), Goldman Sachs (GS.N), Wells Fargo (WFC.N) e Citigroup (CN), programados para divulgar seus balanços. Segundo a LSEG IBES, espera-se que as empresas do S&P 500, em média, tenham aumentado seus lucros em 8,8% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior. Resultados financeiros robustos seriam cruciais para justificar as elevadas avaliações do mercado.

Na Europa, a política também lançou uma sombra sobre os mercados. A presidência francesa anunciou, no domingo, a nova formação do gabinete do primeiro-ministro Sebastien Lecornu, com Roland Lescure, um aliado próximo de Emmanuel Macron, sendo renomeado como ministro das Finanças. O governo anterior de Lecornu teve uma duração de apenas 14 horas, e ele agora enfrenta a árdua tarefa de aprovar um orçamento para 2026 em um parlamento profundamente dividido, o que adiciona um elemento de incerteza política à região.

Nos mercados de câmbio, observou-se alguma estabilização após a corrida da sexta-feira para os tradicionais portos seguros, como o iene japonês e o franco suíço. O dólar americano valorizou 0,4%, atingindo 151,76 JPY=EBS, após uma retração de 1,2% na sexta-feira, partindo de uma máxima de 153,29. O euro permaneceu estável em US$ 1,1609 EUR=EBS, enquanto o dólar avançou 0,2% em relação ao franco suíço, para 0,8010 CHF=. O índice do dólar, por sua vez, apresentou-se ligeiramente mais firme, em 98,979 =USD, após uma perda de 0,6% na sexta-feira.

Em relação aos mercados de títulos, os títulos do Tesouro à vista permaneceram fechados devido ao feriado. No entanto, os futuros (TYc1) registraram uma queda de 4 ticks, indicando uma estabilização no sentimento dos investidores. Os rendimentos haviam atingido mínimas de várias semanas após a ameaça tarifária de Trump, levando os investidores a aumentar suas apostas em mais cortes de taxas pelo Federal Reserve. Atualmente, os contratos futuros indicavam uma probabilidade de cerca de 98% de um corte de um quarto de ponto percentual pelo Fed no final deste mês, com uma probabilidade semelhante para outro movimento em dezembro (0#USDIRPR).

A atenção dos participantes do mercado estará voltada para as próximas declarações de autoridades do Federal Reserve. O presidente do Fed, Jerome Powell, terá a oportunidade de oferecer sua orientação sobre as perspectivas econômicas durante a reunião anual da NABE na terça-feira. Além disso, vários outros membros do Fed, juntamente com importantes banqueiros centrais, estarão presentes na reunião do FMI e do Banco Mundial em Washington esta semana, prometendo mais insights sobre a direção da política monetária global. Para aprofundar a compreensão sobre o histórico e os desdobramentos da rivalidade comercial, você pode consultar informações detalhadas em fontes como o Valor Econômico.

Nos mercados de commodities, o ouro registrou uma alta de 0,2%, alcançando US$ 4.023 a onça (XAU=), mantendo-se logo abaixo do recorde da semana passada de US$ 4.057,79. Os preços do petróleo também recuperaram parte do terreno perdido, impulsionados pela esperança de que EUA e China chegassem a um acordo comercial para evitar a imposição de novas tarifas. O Brent (LCOc1) subiu 1,0%, para US$ 63,36 o barril, enquanto o petróleo bruto americano (CLc1) avançou 1,0%, para US$ 59,45 o barril.

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Em suma, os mercados globais demonstram uma complexa interação entre fatores geopolíticos, declarações políticas e fundamentos econômicos. A recuperação dos futuros de Nova York, apesar das tensões iniciais, reflete a sensibilidade do mercado às nuances das relações comerciais EUA-China e as expectativas de políticas monetárias futuras. Continue acompanhando a editoria de Economia em nosso site para mais análises aprofundadas sobre o panorama financeiro nacional e internacional.

Crédito da imagem: CNN Brasil

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