O Ibovespa: Bolsas, Dólar e Juros em 13/05 com tensões EUA-China reflete a volatilidade dos mercados globais nesta segunda-feira. Investidores acompanham de perto as dinâmicas entre Estados Unidos e China, que continuam a pautar o cenário econômico internacional, enquanto no Brasil a agenda presidencial também atrai olhares.
Na Ásia, os mercados acionários encerraram o dia em território negativo. A cautela prevaleceu entre os investidores diante das renovadas preocupações com as relações comerciais entre Pequim e Washington. Recentemente, a China reiterou sua postura de não temer uma potencial guerra comercial, após o presidente norte-americano, Donald Trump, sinalizar a imposição de novas tarifas retaliatórias sobre importações chinesas. O índice Shanghai SE (China) registrou queda de 0,19%, o Nikkei (Japão) recuou 1,01%, o Hang Seng Index (Hong Kong) desvalorizou 1,52%, o Nifty 50 (Índia) caiu 0,34%, e o ASX 200 (Austrália) encerrou com perdas de 0,84%.
Em contraste, os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta significativa nesta segunda-feira, 13 de maio, após um fechamento de sexta-feira com fortes baixas. A mudança no tom de Donald Trump, que amenizou o discurso sobre a ameaça de tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses, e a sinalização de que uma escalada de tensões não é inevitável, foram recebidas positivamente pelos investidores. “Não se preocupem com a China, tudo ficará bem! O altamente respeitado presidente Xi apenas teve um momento ruim. Ele não quer uma depressão em seu país, e eu também não”, afirmou Trump em uma de suas publicações. Ele complementou que “Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la.” Contudo, a paralisação do governo americano se estende por mais uma semana, elevando a preocupação de que muitos funcionários federais possam não receber o pagamento de 15 de outubro caso não haja um acordo de financiamento. O Dow Jones Futuro avançou 0,90%, o S&P 500 Futuro subiu 1,25% e o Nasdaq Futuro apresentou alta de 1,83%. O movimento do Ibovespa: Bolsas, Dólar e Juros em 13/05 com tensões EUA-China é influenciado diretamente por estes eventos.
Cenário de Abertura Global e Desafios Econômicos
A tensão comercial entre Estados Unidos e China dominava o cenário de abertura dos mercados nesta segunda-feira. Na sexta-feira anterior, o presidente Donald Trump havia ameaçado com tarifas de 100% sobre a China a partir de 1º de novembro, provocando uma reação de Pequim com menções a contramedidas. Contudo, o tom conciliador adotado por Trump no domingo, ao declarar que “tudo ficará bem” e que os EUA não desejam prejudicar a China, trouxe certa estabilidade aos mercados. Ainda assim, o ouro, um tradicional porto seguro, atingiu uma nova máxima recorde acima de US$ 4.000 a onça (XAU=), indicando que as incertezas persistem em níveis elevados.
No âmbito doméstico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda em Roma, Itália, onde foi recebido pelo papa Leão 14. Lula também participará do Fórum Mundial da Alimentação, além de outros compromissos importantes. Paralelamente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará presente na cerimônia de abertura da Reunião Ministerial Preparatória da 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP).
Impacto das Ameaças Tarifárias de Trump em Wall Street
Na sexta-feira anterior, 10 de maio, os principais índices de Nova York registraram fortes perdas, encerrando a semana no vermelho. Investidores em Wall Street retiraram-se do mercado após as novas ameaças tarifárias de Donald Trump à China. O presidente norte-americano acusou Pequim de se tornar “muito hostil” com suas restrições aos metais de terras raras, um recurso crucial para as indústrias de tecnologia e defesa. “Eu deveria me encontrar com o presidente Xi em duas semanas, na Coreia do Sul, mas agora parece não haver motivo para isso”, declarou Trump em sua rede social. Ele acrescentou: “Uma das políticas que estamos calculando neste momento é um aumento massivo de tarifas sobre produtos chineses que entram nos Estados Unidos da América.”
O mercado reagiu com desânimo generalizado. Jeff Kilburg, fundador da KKM Financial, comentou à CNBC que “as expectativas de um acordo comercial com a China acabaram de ser descartadas.” A realização de lucros estava em plena atividade, referindo-se aos ganhos recentes em uma semana que havia registrado quebra de recordes em alguns índices de ações.
Os principais índices de Wall Street fecharam o dia com os seguintes desempenhos: o Dow Jones caiu 1,90% (e -2,73% na semana), o S&P 500 teve uma retração de 2,71% (e -2,46% na semana), e o Nasdaq desvalorizou 3,56% (e -2,53% na semana).

Imagem: infomoney.com.br
Mercado de Juros Futuros e Dólar Comercial
No mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros), os juros futuros encerraram a sessão de sexta-feira com quedas nos vértices mais curtos. A taxa DI1F26 registrou 14,893%, com variação de -0,004 ponto percentual (pp). O DI1F27 marcou 14,000% (-0,020 pp), enquanto os vencimentos mais longos apresentaram altas: DI1F28 a 13,430% (+0,035 pp), DI1F29 a 13,410% (+0,070 pp), DI1F31 a 13,675% (+0,080 pp), DI1F32 a 13,775% (+0,085 pp), DI1F33 a 13,810% (+0,095 pp) e DI1F35 a 13,815% (+0,090 pp).
O dólar comercial, por sua vez, encerrou a sexta-feira com uma forte alta de 2,38% frente ao real, marcando a segunda alta consecutiva. Este movimento contrariou a tendência global da divisa norte-americana, que, em comparação com as principais moedas do mundo, fez o índice DXY recuar 0,60%, atingindo 98,94 pontos. Na semana, o câmbio acumulou uma valorização de 3,17%, com o dólar cotado a R$ 5,503 para venda e R$ 5,503 para compra. A mínima do dia foi de R$ 5,362 e a máxima atingiu R$ 5,518. O desempenho do dólar é um dos pilares que movimentam o cenário econômico, ao lado do Ibovespa e dos juros.
Entre as maiores baixas da bolsa na sexta-feira, destacaram-se CSNA3 com -6,06% (R$ 7,91), HAPV3 com -6,02% (R$ 33,71), BRKM5 com -3,83% (R$ 6,27), CMIN3 com -3,67% (R$ 5,51) e PRIO3 com -3,38% (R$ 36,02). As maiores altas foram EGIE3 com 1,45% (R$ 40,45), BEEF3 com 1,08% (R$ 6,53), SUZB3 com 1,05% (R$ 48,19), LREN3 com 1,01% (R$ 13,98) e HYPE3 com 0,86% (R$ 21,05). Entre as mais negociadas, figuraram BBAS3 (-2,74%, 40.197 negócios), ASAI3 (-1,79%, 37.191 negócios), PETR4 (-0,89%, 37.144 negócios), VALE3 (-0,41%, 34.500 negócios) e DIRR3 (-1,81%, 30.716 negócios).
O Ibovespa fechou a sexta-feira, 10 de maio, com uma baixa de 0,73%, atingindo 140.680,34 pontos. A máxima do dia foi de 142.273,75 pontos, enquanto a mínima foi de 140.231,24 pontos, resultando em uma diferença de -1.027,85 pontos em relação à abertura. O volume financeiro negociado foi de R$ 22,90 bilhões. A semana do Ibovespa encerrou com uma queda acumulada de 2,44%. No mês de outubro, o índice registrou -3,80%, assim como no 4T25. No acumulado de 2025, o Ibovespa apresentava uma valorização de +16,96%. Acompanhar as flutuações do mercado financeiro global é essencial para entender a dinâmica do Ibovespa e de outros ativos.
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Em resumo, o cenário econômico desta segunda-feira, 13 de maio, foi marcado por tensões comerciais entre EUA e China, com reflexos nas bolsas asiáticas e nos futuros americanos. No Brasil, a agenda presidencial de Lula e a participação de Haddad em eventos climáticos também fazem parte do panorama que influencia o Ibovespa, dólar e juros. Para mais análises e notícias detalhadas sobre a economia e os mercados, continue explorando nossa editoria de Economia.
Crédito da imagem: InfoMoney