Alckmin destaca avanços em tarifas dos EUA após Lula-Trump. O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comunicou neste sábado (4), em Brasília, progressos significativos na diminuição de taxas alfandegárias aplicadas pelos Estados Unidos sobre mercadorias brasileiras. A observação foi feita após um breve encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano Donald Trump, ocorrido no final de setembro, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Alckmin detalhou as mudanças, explicando que “depois da conversa do presidente Lula com o presidente Trump, esta semana, segunda-feira (29), alguns produtos, como madeira macia e serrada, [que] estavam em 50%, passaram para 10%”. Ele prosseguiu citando que artigos como “armário, móveis, sofá”, que antes eram tributados em 50%, agora “passaram para 25%”. O vice-presidente esclareceu que a Seção 232 da Lei de Comércio dos EUA aplica a mesma taxa a todos os países, garantindo que o Brasil não perca competitividade, pois a alíquota de 25% para móveis, por exemplo, é universal.
A retirada de produtos brasileiros do patamar de 50% de tarifa representa uma economia substancial. Conforme os cálculos apresentados pelo ministro, essa exclusão abrange US$ 370 milhões em exportações de produtos nacionais, um valor que impacta positivamente o fluxo comercial entre as duas nações. A medida é vista como um passo estratégico para fortalecer as relações econômicas bilaterais e fomentar o crescimento da indústria exportadora do Brasil.
Alckmin destaca avanços em tarifas dos EUA após Lula-Trump
A Seção 232 da Lei de Expansão Comercial norte-americana, dispositivo legal citado por Alckmin, é um instrumento que permite aos Estados Unidos impor tarifas a todos os países de forma equitativa, sob a justificativa de segurança nacional. Para entender mais sobre a política comercial dos Estados Unidos e seus mecanismos, é possível consultar fontes oficiais sobre o comércio internacional do país. Ao comentar a relevância do encontro presidencial em Nova York, o vice-presidente afirmou: “Eu acho que o encontro do presidente Lula com o presidente Trump em Nova York foi importante, foi um primeiro passo e temos muita convicção de que teremos próximos passos aí.” Ele reiterou a ausência de justificativa para a manutenção de tarifas mais elevadas, dado que os Estados Unidos desfrutam de um superávit na balança comercial com o Brasil, indicando que “eles vendem mais pra gente do que nós para eles”.
Geraldo Alckmin tem desempenhado um papel central como o principal interlocutor brasileiro junto ao governo norte-americano. Sua atuação inclui um diálogo contínuo e direto com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutcnick, com quem manteve contato durante esta semana. Essa linha de comunicação direta tem sido fundamental para o avanço das negociações e para a construção de um ambiente de cooperação bilateral mais favorável aos interesses comerciais do Brasil.
Durante sua visita a uma concessionária de automóveis em Brasília, Alckmin aproveitou a ocasião para celebrar os resultados do programa Carro Sustentável, que tem impulsionado a venda de veículos novos no país. O programa, lançado com o objetivo de zerar impostos e oferecer estímulos para a comercialização de carros de entrada fabricados no Brasil, exige que esses veículos atendam a rigorosos critérios de sustentabilidade.
Imagem: agenciabrasil.ebc.com.br
Os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) foram utilizados por Alckmin para ilustrar o sucesso da iniciativa. “Do dia 11 de julho, quando foi lançado o Carro Sustentável, até 30 de setembro, as vendas aumentaram 28,2%,” destacou o vice-presidente. Ele sublinhou a dupla importância do programa: ambiental, pela exigência de menor poluição (não ultrapassando 83 gramas de CO2 por quilômetro rodado), além de ser flex e possuir 80% de reciclabilidade; e social, por focar nos carros de entrada, tornando os veículos mais acessíveis e de menor custo para a população.
Ainda sobre o diálogo entre os líderes, o presidente Lula e o presidente Trump têm planos de realizar um novo encontro, seja virtual ou presencial, em data que será oportunamente divulgada. Essa possibilidade surgiu após o entendimento alcançado em Nova York, há duas semanas, demonstrando a intenção de manter e aprofundar as discussões sobre temas de interesse mútuo para as duas nações.
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As declarações de Geraldo Alckmin reforçam a dinâmica positiva das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, especialmente no que tange à redução de tarifas dos EUA e ao fomento de programas de incentivo à indústria nacional. A expectativa é de que esses avanços continuem a gerar benefícios mútuos para ambos os países. Para acompanhar mais notícias e análises sobre política econômica e relações internacionais, explore as demais publicações em nossa editoria de Política.
Crédito da imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil
