O governo do Estado de São Paulo confirmou neste sábado (04) a segunda morte por intoxicação de metanol em SP, ocorrida na capital paulista. O incidente eleva o alerta sobre os riscos associados ao consumo de bebidas adulteradas, enquanto autoridades intensificam fiscalizações e ações de saúde pública para conter a propagação do problema.
As vítimas fatais são dois homens. O primeiro óbito registrado foi de um homem de 54 anos, que faleceu em 15 de setembro. A segunda vítima, um homem de 46 anos, apresentou os primeiros sintomas em 29 de setembro e veio a óbito em 2 de outubro. Ambos os casos ocorreram na capital, reforçando a preocupação crescente com a saúde pública na região metropolitana de São Paulo devido a essa perigosa substância.
Em meio a esse cenário preocupante, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo divulgou um balanço detalhado, que coloca em perspectiva a gravidade da situação. Atualmente, o Estado de São Paulo registra 162 casos de contaminação por metanol, entre aqueles que já foram confirmados e os que ainda estão em fase de investigação. Desses, 14 foram oficialmente confirmados, e as duas mortes mencionadas anteriormente, ambas na capital, são decorrentes desses casos. Os outros 148 registros permanecem sob análise, com sete óbitos ainda sendo investigados: quatro na capital, dois em São Bernardo do Campo e um em Cajuru.
SP Confirma 2ª Morte por Intoxicação de Metanol na Capital
Cenário da Intoxicação por Metanol no Estado de São Paulo
No que tange especificamente ao município de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) notificou 99 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Desses, 13 já foram descartados após exames, 75 ainda aguardam a conclusão das investigações e 11 foram oficialmente confirmados. Estes dados setoriais sublinham a concentração de ocorrências na capital, demandando uma resposta coordenada entre as esferas estadual e municipal de saúde para mitigar os riscos e identificar a origem da contaminação.
Ações Policiais e Fiscalização Reforçada Contra Adulteração
A resposta das forças de segurança à proliferação de bebidas adulteradas tem sido rigorosa. A Polícia Civil de São Paulo intensificou as operações, elevando o número de prisões relacionadas à adulteração de bebidas para 41 neste ano. Desse total, impressionantes 19 prisões foram realizadas somente na última semana, evidenciando o esforço concentrado para desmantelar as redes de produção e distribuição de produtos ilegais. As ações policiais ocorreram em diversas localidades, incluindo a capital paulista, Diadema, Santo André, Jacareí e Jundiaí. Além das prisões, 11 estabelecimentos comerciais em todo o Estado de São Paulo já foram interditados por irregularidades ligadas à venda ou produção de bebidas clandestinas, muitas delas suspeitas de conter metanol.
Medidas do Ministério da Saúde: Antídotos e Estoques Ampliados
Paralelamente aos esforços de combate e investigação, o Ministério da Saúde anunciou medidas emergenciais para garantir o tratamento adequado aos intoxicados. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou a aquisição de 2,5 mil tratamentos do antídoto Fomepizol. Este medicamento, crucial para reverter os efeitos da intoxicação por metanol, foi comprado de um laboratório japonês com o valioso apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A expectativa é que o carregamento do Fomepizol chegue ao Brasil ao longo da próxima semana, fortalecendo a capacidade de resposta do sistema de saúde.

Imagem: Pablo Jacob via valor.globo.com
Um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, também neste sábado (04), revelou que o número de notificações de intoxicação por metanol em todo o Brasil, após a ingestão de bebida alcoólica, atingiu 195. Este total inclui tanto os casos confirmados quanto os suspeitos, além dos óbitos que estão sob análise. Desses, 14 casos foram confirmados nacionalmente e 181 seguem em investigação. Conforme os dados, 162 dos registros totais são provenientes de São Paulo, compreendendo os 14 casos confirmados e 148 em investigação, incluindo as duas mortes já oficialmente ratificadas no estado. Além da compra do Fomepizol, o governo federal também ampliou significativamente seu estoque de etanol farmacêutico, outro antídoto vital em situações de contaminação por metanol. Foram adquiridas 12 mil novas ampolas, que se somarão às 4,3 mil já disponíveis nos hospitais universitários federais, integrantes do estoque estratégico nacional. Essa medida visa assegurar que haja recursos suficientes para o tratamento em todo o território nacional.
Alerta à População e Prevenção de Novos Casos
Diante da gravidade da situação e para salvaguardar a saúde da população, o ministro Alexandre Padilha emitiu um alerta importante. Ele aconselhou os cidadãos a evitarem, por tempo indeterminado, o consumo de bebidas destiladas, com atenção especial para aquelas vendidas em garrafas que possuem tampas rosqueáveis, que podem ser mais facilmente adulteradas, indicando uma possível adulteração. Para mais informações sobre a prevenção de intoxicações e riscos à saúde pública, é recomendável consultar fontes oficiais como o Ministério da Saúde, que oferece diretrizes e informações relevantes sobre a temática do metanol e outras substâncias perigosas.
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A confirmação da segunda morte por intoxicação de metanol em São Paulo acende um sinal de alerta para a importância da vigilância no consumo de bebidas e para a atuação contínua das autoridades. Com investigações em andamento e medidas de saúde sendo implementadas, a situação exige atenção da população e do poder público para evitar novas vítimas e garantir a segurança alimentar. Para ficar por dentro de notícias relevantes sobre a capital e os esforços de combate a adulterações, acesse nossa editoria de Cidades.
Crédito da imagem: Agência Brasil