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Nobel de Medicina 2025 Premia Três por Tolerância Imunológica

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O Nobel de Medicina 2025 foi concedido a três renomados pesquisadores por suas descobertas transformadoras no campo da tolerância imunológica periférica. Na manhã desta segunda-feira, dia 6, a premiação na categoria de Fisiologia ou Medicina de 2025 anunciou Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi como os laureados. As pesquisas dos cientistas foram fundamentais para compreender como o sistema imunológico do corpo evita agredir seus próprios tecidos, um mecanismo vital para a saúde.

Os trabalhos de Brunkow, Ramsdell e Sakaguchi elucidaram complexos processos que impedem o sistema imunológico de causar danos ao organismo. A tolerância imunológica periférica, foco de suas investigações, é essencial para prevenir doenças autoimunes e garantir que as defesas do corpo atuem apenas contra ameaças externas. Suas contribuições científicas pavimentam o caminho para novas abordagens terapêuticas e uma compreensão mais profunda da saúde e da doença.

Nobel de Medicina 2025 Premia Três por Tolerância Imunológica

A cerimônia oficial de entrega das láureas está marcada para 10 de dezembro, em Estocolmo, na Suécia. Esta data marca o aniversário da morte de Alfred Nobel, o químico sueco que instituiu o prestigiado prêmio em 1896. Cada um dos ganhadores será agraciado com um diploma, confeccionado por um artista sueco ou norueguês, uma medalha de ouro e uma quantia de 11 milhões de coroas suecas. Este montante equivale a aproximadamente R$ 6,3 milhões, conforme a cotação atual.

O Legado do Prêmio Nobel na Fisiologia ou Medicina

Com a premiação dos três cientistas em 2025, o número de vezes que a láurea foi concedida nesta categoria atinge 116, desde sua criação em 1901. Ao longo da história do Nobel, houve nove ocasiões em que o prêmio de Fisiologia ou Medicina não foi entregue: de 1915 a 1918, em 1921, 1925, e de 1940 a 1942. Vale ressaltar que, até o momento, nenhum indivíduo foi laureado mais de uma vez nesta categoria, o que destaca a exclusividade e o impacto de cada descoberta reconhecida.

Em 2024, a honraria na mesma categoria foi atribuída aos pesquisadores americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun. Eles foram reconhecidos por suas descobertas inovadoras sobre as pequenas moléculas conhecidas como microRNAs e seu papel crucial na ativação e desativação de seções do material genético. Esse avanço revelou mecanismos regulatórios fundamentais para a expressão gênica e para o desenvolvimento de organismos.

Historicamente, o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina já reconheceu uma vasta gama de descobertas que revolucionaram a compreensão da vida e da saúde. Para mais informações sobre os laureados e suas contribuições, acesse o site oficial do Nobel Prize.

Perfis Notáveis entre os Laureados

Entre os perfis mais jovens a receber o prêmio de Fisiologia ou Medicina está Frederick G. Banting. O canadense, nascido em 1891 e falecido em 1941, tinha apenas 31 anos em 1923 quando compartilhou a honraria com o escocês John James Rickard Macleod (1876-1935). Eles foram agraciados pela descoberta da insulina, um marco que transformou o tratamento do diabetes e salvou inúmeras vidas.

Nobel de Medicina 2025 Premia Três por Tolerância Imunológica - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

No outro extremo, Peyton Rous (1879-1970) detém o título de pessoa mais velha a ganhar o prêmio nesta categoria. Em 1966, aos 87 anos, o americano foi reconhecido por sua seminal descoberta de vírus capazes de induzir o desenvolvimento de tumores. Na mesma ocasião, o prêmio foi concedido ao canadense Charles B. Huggins (1901-1997), por suas importantes descobertas relacionadas ao tratamento hormonal do câncer de próstata.

Casais e Gerações de Cientistas no Nobel

O prêmio de Fisiologia ou Medicina já celebrou a colaboração científica entre casais em duas ocasiões distintas. A primeira ocorreu em 1947, quando os austro-húngaros Gerty Theresa Cori (1896-1957) e Carl Ferdinand Cori (1896-1984) foram laureados pela descoberta do curso da conversão catalítica do glicogênio. A segunda vez se deu já neste século, em 2014, com os noruegueses May-Britt Moser e Edvard I. Moser, reconhecidos por suas descobertas de células que compõem um sistema de posicionamento no cérebro, essenciais para a navegação espacial.

Além dos casais, a história do Nobel também registra casos em que pais e filhos foram laureados. Hans von Euler-Chelpin (1873-1964) recebeu o Nobel em Fisiologia ou Medicina em 1929, e seu filho, Ulf von Euler (1905-1983), foi premiado em 1970. Esse padrão se repetiu com Sune K. Bergström (1916-2004) e seu filho Svante Pääbo, que receberam as láureas em 1982 e 2022, respectivamente, demonstrando um legado de excelência científica familiar.

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As descobertas sobre tolerância imunológica, que renderam o Nobel de Medicina 2025 a Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi, reforçam a contínua busca da ciência por desvendar os mistérios do corpo humano e desenvolver tratamentos mais eficazes. Para mais notícias e análises aprofundadas sobre avanços científicos e outras áreas do conhecimento, continue acompanhando nossa editoria de Ciência.

Crédito da imagem: Jonathan Nacastrand /AFP

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