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Brasileiros da Flotilha Global Sumud são Libertados na Jordânia

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Brasileiros da Flotilha Global Sumud são Libertados na Jordânia. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) confirmou na manhã desta terça-feira, 7 de outubro de 2025, a libertação dos 13 cidadãos brasileiros que integravam a Flotilha Global Sumud. O grupo, que incluía a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), foi conduzido pelas autoridades israelenses até a fronteira com a Jordânia, onde foi finalmente declarado livre. O anúncio ocorre em uma data simbólica, marcando dois anos desde o início da escalada de violência na guerra em Gaza, contexto que motivou a missão dos ativistas.

Após a liberação, diplomatas das embaixadas brasileiras em Tel Aviv e em Amã prontamente receberam os ativistas na fronteira. De acordo com informações divulgadas por meio de nota pelo Itamaraty, o grupo está sendo transportado para a capital jordaniana em um veículo providenciado pela própria embaixada do Brasil naquele país, garantindo assistência e segurança aos cidadãos.

Brasileiros da Flotilha Global Sumud são Libertados na Jordânia

A delegação brasileira da Flotilha Global Sumud era composta por figuras notáveis e ativistas dedicados. Além da já mencionada deputada federal Luizianne Lins, o grupo incluía Thiago Ávila, Bruno Gilga, Lisiane Proença, Magno Costa, a vereadora Mariana Conti, Ariadne Telles, Mansur Peixoto, Gabriele Tolotti, Mohamad El Kadri, Lucas Gusmão, João Aguiar e Miguel Castro. Todos participavam ativamente da iniciativa que buscava romper o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, oferecendo suporte humanitário.

A notícia da iminente libertação dos ativistas foi inicialmente comunicada ao Centro Jurídico para os Direitos das Minorias Árabes em Israel (Adalah), organização cujo nome significa “justiça” em árabe, na noite de segunda-feira, 6 de outubro. A informação foi repassada pelo Movimento Global à Gaza, que acompanhava de perto a situação. Conforme o aviso, todos os participantes da flotilha ainda retidos deixariam a prisão de Kesdiot, uma instalação localizada no deserto de Negev, estrategicamente situada entre Gaza e o Egito.

Durante o processo de transferência, os ativistas foram transportados pelas autoridades israelenses através da Ponte Allenby/Rei Hussein até a fronteira. Relatos indicam que, nesse período, o grupo não teve direito a comunicação externa ou interação com a diplomacia internacional. A assistência e o contato com representantes consulares só puderam ser estabelecidos e efetivados após a chegada em território jordaniano, ressaltando os desafios enfrentados pela equipe diplomática brasileira.

A Flotilha Global Sumud, com a delegação brasileira, havia sido capturada pelas autoridades israelenses no início do mês de outubro de 2025. A ação ocorreu enquanto os ativistas tentavam romper o cerco imposto à Faixa de Gaza, transportando ajuda humanitária essencial em uma frota de cerca de 50 embarcações. O objetivo da missão era chamar a atenção para a crise humanitária na região e prover suprimentos vitais à população.

A interceptação das embarcações em águas internacionais foi veementemente contestada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que a classificou como uma ação ilegal e arbitrária. Esse posicionamento reforça a relevância do direito internacional humanitário e dos princípios de liberdade de navegação, temas amplamente discutidos por instituições como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, cujo trabalho sobre conflitos armados e suas leis pode ser consultado aqui.

Brasileiros da Flotilha Global Sumud são Libertados na Jordânia - Imagem do artigo original

Imagem: agenciabrasil.ebc.com.br

O incidente com a Flotilha Global Sumud insere-se em um contexto de tensões prolongadas na região. A Faixa de Gaza, um território palestino com alta densidade populacional, enfrenta um bloqueio que restringe a entrada de bens essenciais e a movimentação de pessoas há muitos anos. Grupos de ativistas internacionais, como os integrantes da flotilha, frequentemente organizam missões para tentar furar esse bloqueio e entregar ajuda humanitária, buscando chamar a atenção global para a situação de seus habitantes. Essas missões, contudo, são frequentemente interceptadas por forças israelenses, que alegam razões de segurança para manter o cerco.

A atuação do Ministério das Relações Exteriores foi crucial para a resolução do caso dos brasileiros da Flotilha Global Sumud. Desde o momento da captura, a diplomacia brasileira mobilizou seus recursos para garantir o bem-estar e a liberação dos cidadãos. As notificações formais ao governo israelense demonstram a seriedade com que o Brasil encarou a detenção de seus nacionais, reforçando a importância do direito internacional e da assistência consular a brasileiros no exterior, especialmente em zonas de conflito ou de alta sensibilidade política.

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A libertação dos brasileiros da Flotilha Global Sumud representa um desfecho positivo para um episódio de alta tensão diplomática, evidenciando a complexidade das relações internacionais no Oriente Médio e a importância da atuação consular. O episódio, que mobilizou a diplomacia brasileira, reitera os desafios humanitários na Faixa de Gaza e a persistência de ativistas em buscar soluções para a crise na região. Para aprofundar a compreensão sobre os rumos da diplomacia e os desafios geopolíticos, continue acompanhando nossas análises sobre política internacional.

Crédito da imagem: Global Sumud Flotilla/Divulgação

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