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Alcolumbre articula apoio no Senado para Pacheco no STF

Economia

A articulação para Rodrigo Pacheco no STF intensifica-se no Senado Federal. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), tem engajado ativamente as lideranças parlamentares em um esforço para consolidar o suporte dos senadores à indicação de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como substituto do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal. Essa movimentação política visa assegurar que o Senado apresente uma posição unificada e firme em relação ao futuro membro da mais alta corte do país.

Uma fonte ligada ao Centrão, que preferiu manter o anonimato, confirmou as defesas de Alcolumbre a seus colegas. O senador do Amapá tem argumentado aos parlamentares próximos que é imperativo que o Senado adote uma postura política decisiva e explícita: qualquer outro nome sugerido que não seja Pacheco deve ser prontamente rejeitado. Essa estratégia evidencia a intenção de Alcolumbre de guiar a Casa para uma intervenção mais incisiva na escolha dos ministros do STF, reforçando o poder de deliberação do Legislativo.

Alcolumbre articula apoio no Senado para Pacheco no STF

Ainda que Rodrigo Pacheco seja o nome alavancado por Alcolumbre, o atual favorito para ocupar a cadeira que será liberada com a aposentadoria do ministro Barroso é Jorge Messias, que ocupa o cargo de Advogado-Geral da União (AGU). A indicação para a vaga no Supremo Tribunal Federal, conforme a Constituição, é prerrogativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, o nome escolhido depende de uma sabatina exaustiva e da subsequente aprovação por votação em plenário no Senado Federal, exigindo um mínimo de 41 votos favoráveis para ser confirmada.

Estratégia Política de Davi Alcolumbre

Interlocutores próximos a Alcolumbre revelaram a estratégia que será adotada em um encontro com o presidente Lula, programado para a noite desta quarta-feira. O presidente do Senado pretende alertar o chefe do Executivo sobre o considerável risco de uma eventual indicação de Jorge Messias ser rejeitada pelos senadores. Essa rejeição, caso ocorra, seria um evento raro e de grande impacto político, não registrado desde 1894, quando Floriano Peixoto era o presidente da República. A memória histórica e o peso de tal desaprovação são apontados como argumentos centrais na tentativa de Alcolumbre de influenciar a decisão presidencial.

A influência de Alcolumbre nos processos de aprovação de nomes para o STF não é novidade. Aliados destacam seu papel crucial na confirmação de Flávio Dino para a vaga de Rosa Weber em dezembro de 2023. Naquela ocasião, Dino obteve 47 votos a favor e 31 contrários, superando o patamar mínimo de 41 votos necessários. Este precedente é usado para solidificar a credibilidade de Alcolumbre em sua capacidade de mobilizar apoio dentro da Casa e de prever o cenário das votações futuras.

O Argumento da Invasão de Competências

Um dos argumentos mais fortes empregados nas conversas de Alcolumbre com seus pares e que deve ser levado a Lula, refere-se à percepção de que, nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal tem excedido suas competências, invadindo atribuições típicas do Poder Legislativo. Um exemplo frequentemente citado é a derrubada da tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas, decisão considerada inconstitucional pela própria Corte, mas que gerou grande debate e descontentamento entre os parlamentares.

Nesse contexto, Rodrigo Pacheco é percebido como uma figura capaz de oferecer um contraponto dentro do STF, especialmente diante de decisões recentes que, segundo alguns, têm favorecido o governo Lula. Entre essas decisões, podem ser citadas a revogação do decreto que aumentava a alíquota do IOF e as exigências do ministro Flávio Dino por maior transparência nas emendas parlamentares. A presença de um ex-presidente do Senado no STF é vista como um fator que poderia equilibrar a balança e proteger as prerrogativas do Legislativo.

Alcolumbre articula apoio no Senado para Pacheco no STF - Imagem do artigo original

Imagem: Roque de Sá via valor.globo.com

A eleição de um ministro para o STF é um dos momentos mais delicados da política brasileira, envolvendo intensas negociações e alianças estratégicas entre os poderes. A movimentação de Davi Alcolumbre em prol de Rodrigo Pacheco reflete essa complexidade, buscando não apenas preencher uma vaga, mas também redefinir o equilíbrio de forças entre o Legislativo e o Judiciário. O desfecho dessa articulação terá implicações significativas para a governabilidade e para a interpretação das leis no país.

Para mais detalhes sobre como o Senado lida com as indicações para o Supremo, consulte este artigo informativo da Agência Senado, que aborda a história e o protocolo das sabatinas e aprovações de ministros. É fundamental acompanhar de perto as decisões que moldam o cenário político e jurídico do Brasil.

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Em suma, a tentativa de Alcolumbre de angariar suporte para Rodrigo Pacheco no STF é um movimento calculado para influenciar o próximo passo do presidente Lula na nomeação de um novo ministro. As implicações dessa articulação vão além de uma mera sucessão, tocando na autonomia e no relacionamento entre os poderes. Continue navegando em nossa editoria de Política para se manter atualizado sobre os desdobramentos dessa e outras importantes questões nacionais.

Crédito da imagem: Valor Econômico

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