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Ancelotti pede resiliência mental após derrota do Brasil

Esportes

A necessidade de aprimorar a resiliência mental foi o principal pedido do técnico Carlo Ancelotti aos jogadores da Seleção Brasileira, após a surpreendente derrota por 3 a 2 para o Japão, ocorrida em Tóquio na última terça-feira (14). Este revés marcou a primeira vez que o Brasil foi superado pela equipe asiática, acendendo um alerta na preparação para os desafios futuros da equipe.

O treinador italiano, que assumiu o comando da equipe em maio deste ano, tem como uma de suas prioridades a construção de um time não apenas talentoso, mas também adaptável e psicologicamente forte. A performance contra o Japão, onde a seleção abriu vantagem de dois gols e sofreu a virada em 20 minutos do segundo tempo, evidenciou falhas que Ancelotti considera cruciais para o desenvolvimento do elenco sob sua gestão.

Em um cenário de testes e ajustes visando a próxima Copa do Mundo na América do Norte, a partida serviu como um termômetro para a capacidade de reação dos atletas. A derrota de terça-feira (14) expôs áreas críticas que necessitam de intervenção, levantando discussões sobre as escolhas táticas do técnico, que optou por uma formação com diversas alterações em comparação à goleada de 5 a 0 sobre a Coreia do Sul na sexta-feira (10). Ancelotti, entretanto, focou sua análise na atitude do grupo.

Ancelotti pede resiliência mental após derrota do Brasil

“Não, não está tudo bem. Quando a equipe perde, ficamos chateados, o que é normal. Todo mundo fica chateado. Eu não gosto de perder, e os jogadores também não. Temos de aprender com essa derrota, como sempre fazemos no futebol”, declarou Carlo Ancelotti em entrevista coletiva, refletindo o descontentamento geral com o resultado. Ele aprofundou sua análise sobre o desempenho da Seleção Brasileira, identificando o ponto de inflexão da partida contra os japoneses.

Segundo o treinador, o jogo estava sob controle até o erro de Fabrício Bruno que resultou no primeiro gol japonês. “Até o erro de [Fabrício] Bruno no primeiro gol, o jogo estava bem controlado. Depois disso, a equipe desmoronou mentalmente. Esse foi o maior erro da equipe”, enfatizou Ancelotti. Essa falha, de acordo com sua perspectiva, teve um impacto desproporcional na mentalidade dos jogadores, levando a uma desorganização que culminou nos outros dois gols da virada. Ele ponderou que, embora o segundo tempo não tenha sido “ruim no geral”, o erro individual teve um “impacto muito grande sobre os jogadores” e comprometeu a estratégia estabelecida.

A questão sobre se os erros individuais poderiam influenciar a convocação para a Copa do Mundo foi prontamente descartada pelo técnico. Ancelotti preferiu direcionar o foco para a resposta coletiva do time, sublinhando que a reação do grupo diante das adversidades é o que realmente importa. “Erros individuais não afetam a presença de um jogador na equipe. O que temos de avaliar é a reação da equipe após o primeiro erro, que não foi bom porque perdemos um pouco do nosso equilíbrio em campo, nosso pensamento positivo. É uma boa lição para o futuro”, explicou o comandante. Sua visão é que a capacidade de manter o foco e o “pensamento positivo” mesmo após um revés é um indicativo mais forte do preparo de um atleta para um torneio de alta pressão como o Mundial.

A fase de testes da Seleção Brasileira continuará com amistosos programados para novembro. Os próximos adversários serão Senegal e Tunísia, com os jogos acontecendo na Inglaterra e na França, respectivamente. Ancelotti reiterou a importância desses períodos para a consolidação da equipe e a experimentação de diferentes táticas e formações. “Esta e a próxima pausa internacional são períodos de testes, e continuaremos testando em novembro”, afirmou o técnico, indicando um planejamento contínuo de avaliação e aperfeiçoamento.

Ancelotti pede resiliência mental após derrota do Brasil - Imagem do artigo original

Imagem: Reuters via agenciabrasil.ebc.com.br

A inconsistência apresentada contra o Japão, em contraste com a performance dominante contra a Coreia do Sul, reforça a busca por um equilíbrio ideal dentro do campo. “A equipe jogou muito bem contra a Coreia, bem no primeiro tempo hoje, e muito mal no segundo tempo”, observou Ancelotti, destacando a variação de desempenho em um curto espaço de tempo. A principal conclusão extraída da derrota para o Japão é a urgência de aprimorar a coesão e a solidez mental do grupo, aspectos fundamentais para o sucesso em competições de alto nível.

O técnico italiano reiterou a necessidade de aprender com os próprios erros e de buscar uma consistência maior. “Na Copa do Mundo, temos de encontrar um equilíbrio. Temos de aprender com nossos erros. Foi uma boa lição esta noite. Acho que precisamos encontrar equilíbrio no que fazemos. É um processo…”, concluiu Ancelotti, enfatizando que o caminho até o Mundial é uma jornada contínua de aprimoramento e adaptação. A busca por este equilíbrio, tanto tático quanto emocional, será o pilar da estratégia de Ancelotti para levar a Seleção Brasileira ao seu máximo potencial em 2026. Para mais informações sobre o calendário de jogos internacionais e a preparação das seleções, consulte o site oficial da FIFA.

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A análise de Carlo Ancelotti sobre a derrota para o Japão evidencia a complexidade da preparação para uma Copa do Mundo, onde a resiliência mental é tão vital quanto o talento técnico. A Seleção Brasileira segue em sua jornada de ajustes e aprendizado, com o objetivo de alcançar a forma ideal para o torneio. Continue acompanhando todas as notícias e análises sobre o esporte em nossa editoria de Esporte para ficar por dentro dos próximos passos da Canarinho e de todo o universo esportivo.

Crédito da imagem: Reuters/Kim Kyung-Hoon/Proibida reprodução

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