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Brasil lidera quadro e busca título inédito no Mundial Paralímpico

Esportes

A delegação do Brasil no Mundial de Atletismo Paralímpico em 2025 está a um passo de escrever história. A competição, que se encerra neste domingo, 5 de maio, em Nova Déli, Índia, testemunha a nação verde e amarela na ponta do quadro de medalhas, vislumbrando uma liderança inédita no evento. Com um desempenho notável, o país sul-americano se destaca entre as potências do esporte paralímpico, superando concorrentes diretos e solidificando sua posição no cenário global.

Atualmente, a equipe brasileira ostenta um total de 12 medalhas de ouro, uma vantagem significativa sobre a China, que ocupa a segunda posição com nove ouros. A disputa pela liderança é acirrada e, em caso de empate no número de ouros, os critérios de desempate consideram as medalhas de prata e bronze. Nesse aspecto, o Brasil leva uma pequena vantagem nas pratas, com 19 em comparação às 18 da China. Contudo, a nação asiática tem um número superior de bronzes, com 14 contra os 7 conquistados pelos brasileiros até o momento. Essa dinâmica torna cada prova final ainda mais crucial para o desfecho do campeonato.

Brasil lidera quadro e busca título inédito no Mundial Paralímpico

A tensão se eleva também por conta de uma medalha de prata obtida no sábado, 4 de maio, que se encontra sob análise e pode impactar diretamente o quadro final. O arremessador de peso Thiago Paulino, competidor da classe F57, destinada a atletas com deficiência de membro inferior que realizam suas provas sentados, garantiu o segundo lugar. No entanto, sua performance foi alvo de contestação por parte do finlandês Teijo Koopikka, que formalizou um protesto. Em resposta, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) prontamente apresentou um recurso, buscando a manutenção da conquista do atleta e assegurando a integridade do resultado para a delegação. Acompanhar a atuação do CPB e a resolução desses casos é fundamental para entender o contexto do esporte de alto rendimento, como pode ser visto em detalhes no site oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro, uma entidade que desempenha um papel crucial no desenvolvimento do paradesporto nacional.

As expectativas para as finais deste domingo são altas, com a delegação brasileira preparada para mais pódios. A primeira final com participação verde e amarela está agendada para 0h53 (horário de Brasília), e contará com a presença de duas promessas: Zileide Cassiano e Jardênia Félix. Ambas disputarão a prova de salto em distância na classe T20, categoria destinada a atletas com deficiência intelectual. Zileide Cassiano, em particular, já demonstrou seu talento e potencial ao conquistar a medalha de prata na mesma prova durante a Paralimpíada de Paris, em 2024, reafirmando sua capacidade de brilhar em palcos internacionais.

A programação segue intensa no período da manhã. Às 8h45 (horário de Brasília), se confirmarem suas classificações nas semifinais, Lorraine Aguiar e Clara Daniele estarão na linha de partida para a disputa dos 200 metros na classe T12, categoria reservada para atletas com baixa visão. Pouco tempo depois, às 8h53, a velocidade tomará conta da pista com Thalita Simplício e Jerusa Geber, que correrão os 100 metros na classe T11, específica para atletas com cegueira total. Jerusa Geber é uma atleta de destaque, campeã desta prova nos Jogos Paralímpicos de Paris e já detentora de uma medalha de ouro nos 100 metros neste Mundial em Nova Déli. Sua participação nesta final pode ser histórica, pois ela tem a chance de superar Terezinha Guilhermina, outro ícone do paradesporto nacional, e se isolar como a maior medalhista brasileira em Mundiais de atletismo, atualmente empatadas com 12 pódios.

Dando sequência às emoções do atletismo, às 9h07, Aser Ramos entrará em cena para a final do salto em distância, competindo na classe T36, voltada para atletas com paralisia cerebral. Aser possui um histórico recente de sucesso, tendo conquistado a medalha de prata na mesma prova durante a Paralimpíada de Paris. Em seguida, às 9h25, os olhos se voltam para a decisão do arremesso do peso na classe F63, que agrupa atletas amputados de uma perna na altura do joelho ou acima, e que competem utilizando próteses. Neste evento, o Brasil será representado por Edenilson Floriani, que buscará mais um pódio para o país.

Antes das 10h, a expectativa de medalhas brasileiras nos 200 metros se intensifica. Às 9h37, as semifinais podem abrir caminho para Fernanda Yara e Maria Clara Augusto na disputa por pódio na classe T47, destinada a atletas com amputação em um dos braços (abaixo ou no nível do cotovelo ou do punho). Consecutivamente, às 9h44, Romildo Pereira dos Santos é aguardado na final da classe T44, que abrange atletas com deficiência de membro inferior sem a necessidade de prótese, mais uma oportunidade para o Brasil ampliar sua contagem de medalhas.

A última final com presença garantida de um atleta brasileiro é a de Alan Fonteles, programada para as 10h22. Ele competirá nos 400 metros da classe T62, reservada para atletas com amputação nas duas pernas abaixo do joelho, que utilizam próteses. Alan Fonteles possui um histórico vitorioso, tendo sido campeão mundial nesta distância há 12 anos. Além disso, existe a possibilidade de Wallison Fortes disputar uma medalha nos 200 metros da classe T64, para atletas com amputação de uma perna (do joelho para baixo e uso de próteses), caso ele consiga avançar pelas semifinais, adicionando mais uma esperança de pódio para o país.

O atual desempenho do Brasil em Nova Déli já é um marco, mas a delegação tem como meta superar suas campanhas anteriores. A melhor participação brasileira em Mundiais de Atletismo Paralímpico, até então, foi registrada na edição de Kobe, Japão, no ano passado, onde o país conquistou o segundo lugar no quadro de medalhas, com um total de 19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes. Em termos de número total de pódios, o recorde foi estabelecido em Paris, no ano de 2023, com 47 medalhas, sendo 14 delas de ouro, demonstrando a crescente força do atletismo paralímpico brasileiro no cenário internacional.

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Com a reta final do Mundial de Atletismo Paralímpico em andamento, o Brasil demonstra resiliência e foco na busca por um título inédito, consolidando sua posição como uma potência global no paradesporto. Os resultados obtidos até agora, juntamente com as expectativas para as últimas provas, prometem um desfecho emocionante para a competição. Para continuar acompanhando as notícias e análises sobre o esporte e outros temas relevantes, visite a editoria de Esporte em Hora de Começar e não perca nenhum detalhe.

Crédito da imagem: Valéria Aguiar

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