O Carrefour restringiu a venda de bebidas destiladas por fornecedores terceirizados em sua plataforma de marketplace, confirmou a empresa. A medida, que já está em vigor desde a última semana, foi implementada após um comunicado do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgado nesta quarta-feira, 8 de novembro. O MJSP havia solicitado a diversas empresas de comércio eletrônico a adoção de ações imediatas de controle e prevenção relativas à comercialização de destilados.
De acordo com o posicionamento da varejista, apenas os produtos diretamente comercializados pelo Carrefour, com garantia de procedência dos fabricantes, permanecem disponíveis para venda online. Esta mudança alinha o modelo de negócios digital da empresa com o padrão já praticado em suas lojas físicas, onde somente itens vendidos diretamente pela própria rede são oferecidos ao consumidor.
Carrefour Restringe Venda de Destilados em Marketplace
A decisão do Carrefour reflete uma adequação às diretrizes propostas pelo Ministério da Justiça. Desde 2 de outubro, a comercialização de bebidas destiladas no ambiente virtual da empresa passou a seguir o mesmo critério aplicado em suas unidades físicas. Contudo, é importante ressaltar que bebidas destiladas adquiridas diretamente da indústria pelo Carrefour continuam sendo comercializadas em sua plataforma de e-commerce, mantendo a oferta para os consumidores.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao MJSP, foi a responsável por emitir a solicitação para que as empresas adotassem ações preventivas. Além do Carrefour, a comunicação foi direcionada a outros grandes nomes do comércio eletrônico, incluindo Shopee, Enjoei, Mercado Livre, Amazon Brasil, Magazine Luiza, Casas Bahia, Americanas e Zé Delivery. O objetivo central é garantir um controle mais rigoroso sobre a origem e a legalidade dos produtos vendidos online, especialmente no que tange a bebidas alcoólicas destiladas.
As medidas exigidas pelo Ministério da Justiça incluem a suspensão temporária de anúncios e da comercialização de bebidas destiladas por terceiros, bem como a implementação de mecanismos internos de verificação para assegurar a procedência dos itens. Essas ações visam coibir a venda de produtos sem comprovação de origem ou que possam infringir a legislação vigente, protegendo assim o consumidor de possíveis riscos à saúde e fraudes. A ação da Senacon reforça a importância da fiscalização em plataformas digitais, como pode ser verificado em mais informações sobre as diretrizes da entidade no site oficial da Secretaria Nacional do Consumidor.

Imagem: valor.globo.com
O Carrefour informou que, até o momento de sua declaração, ainda não havia sido notificado formalmente sobre a solicitação do MJSP, tomando conhecimento das exigências por meio da imprensa. Apesar disso, a empresa agiu proativamente para ajustar suas operações de marketplace, demonstrando prontidão em atender às futuras demandas e em manter a conformidade com as regulamentações governamentais. A antecipação da medida pode ser vista como um esforço para mitigar riscos e fortalecer a confiança dos clientes em sua plataforma de vendas.
A restrição nas vendas de destilados por terceiros no marketplace do Carrefour é um movimento estratégico em resposta à crescente pressão regulatória sobre o comércio eletrônico. A iniciativa do Ministério da Justiça, através da Senacon, sublinha a necessidade de maior controle sobre produtos comercializados em larga escala via plataformas digitais, visando à proteção do consumidor e à garantia da legalidade e da qualidade dos itens. A empresa reitera seu compromisso com a segurança e a transparência em suas operações.
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A decisão do Carrefour em restringir a comercialização de destilados por parceiros em seu marketplace destaca a evolução das exigências no setor de e-commerce, especialmente em relação à responsabilidade das plataformas. Esta medida contribui para um ambiente de compra online mais seguro e regulado, reforçando a importância das políticas de controle e prevenção. Para mais informações sobre as tendências do mercado e regulamentações empresariais, continue acompanhando nossa editoria de Economia.
Crédito da imagem: Claudio Belli/Valor