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Comitiva Internacional Visita Sistema de Saúde Pública no Rio

Saúde e Bem-estar

A Comitiva Internacional Visita Sistema de Saúde Pública no Rio de Janeiro com o objetivo de promover uma valiosa troca de experiências e conhecimentos cruciais em preparação e resposta a emergências de saúde pública. O encontro destacou a importância da colaboração global na construção de sistemas mais resilientes e eficientes.

Representantes de nove nações – Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial, Timor-Leste, Portugal e Espanha – estiveram na capital fluminense para esta missão diplomática e técnica. O foco principal da visita era aprofundar a compreensão sobre a Atenção Primária à Saúde, aprimorar a resiliência dos sistemas de saúde frente a crises e explorar o emprego de tecnologias avançadas para monitoramento e gestão, elementos fundamentais na contenção de desafios sanitários globais.

A iniciativa que trouxe a delegação para o Brasil reforça a importância da cooperação transnacional e do aprendizado mútuo entre diferentes realidades. É neste contexto que a

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de Janeiro se insere, proporcionando uma plataforma robusta para que os visitantes pudessem observar de perto as estratégias e inovações implementadas pela Secretaria Municipal de Saúde carioca.

A organização da visita foi resultado de uma colaboração estratégica com a Global Health Strategies, uma entidade notável vinculada à Fundação Gates. Esta organização é mundialmente reconhecida por fomentar parcerias e intercâmbios internacionais que visam o fortalecimento de sistemas de saúde em diversos países, contribuindo significativamente para a saúde global. O Ministério da Saúde do Brasil e a renomada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também ofereceram apoio substancial ao encontro, sublinhando o caráter institucional e a relevância científica do evento.

Gislani Mateus, superintendente de Vigilância em Saúde do município, destacou a natureza interligada dos riscos sanitários globais. “A gente sabe que o risco de emergências sanitárias não é só local, é global. Infelizmente, para essas emergências, não existem fronteiras. Então, quanto mais países estiverem preparados para identificar e responder, melhor”, afirmou a superintendente. A sua declaração ressalta a urgência de uma abordagem coletiva e coordenada entre as nações para enfrentar desafios que transcendem barreiras geográficas, onde a preparação local se traduz em segurança global para todos.

Na quinta-feira, 9 de outubro, a delegação foi calorosamente recebida no Super Centro Carioca de Vacinação (SCCV), localizado em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. No local, os representantes tiveram a oportunidade de se aprofundar nas diversas iniciativas tecnológicas que são empregadas na saúde pública para otimizar a transformação de dados brutos em informações acionáveis e de valor real. Além disso, foi apresentada a estrutura e o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, reconhecido mundialmente como um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública existentes, servindo de modelo para muitos países em desenvolvimento.

Inovação Tecnológica e Atenção Primária em Destaque

A agenda da comitiva internacional incluiu também uma visita detalhada às instalações da Clínica da Família Luiz de Moraes e Júnior, igualmente situada na zona sul da cidade. Esta etapa da visita foi crucial para que os convidados pudessem vivenciar na prática a excelência e a abrangência dos serviços oferecidos pela Atenção Primária à Saúde no município. Eles puderam observar as linhas de cuidado integradas disponíveis na rede de atendimento e as metodologias de Vigilância em Saúde aplicadas no contexto municipal, incluindo o uso de ferramentas digitais avançadas para o monitoramento contínuo da cobertura vacinal e da saúde materno-infantil. Este acompanhamento é vital para a prevenção de doenças e a promoção da saúde em diferentes estágios da vida da população.

Larissa Terrezo, superintendente de Atenção Primária, expressou o valor inestimável da troca de experiências. “É sempre importante trocarmos experiências e mostrar um pouco do nosso trabalho e do nosso investimento para aprimorar o SUS. Isso mostra que o município do Rio é um modelo a ser exportado. Ao mesmo tempo, é importante receber as contribuições de outros locais, inclusive com possíveis parcerias”, disse Terrezo. A fala da superintendente ressalta a bidirecionalidade do aprendizado, onde o Rio de Janeiro não apenas compartilha suas conquistas em saúde pública, mas também se abre para absorver novas ideias e potenciais colaborações internacionais, visando um aprimoramento contínuo de seu sistema de saúde.

Comitiva Internacional Visita Sistema de Saúde Pública no Rio - Imagem do artigo original

Imagem: agenciabrasil.ebc.com.br

O evento, em sua totalidade, serviu como uma vitrine para o papel transformador da inovação tecnológica na gestão da saúde pública. Foram apresentadas diversas ferramentas inovadoras, muitas delas baseadas em análise de dados robustos e inteligência artificial. Essas tecnologias têm se mostrado indispensáveis no monitoramento de surtos epidêmicos, na identificação precoce de ameaças à saúde coletiva e, consequentemente, na prevenção de crises sanitárias de maior escala. A capacidade de processar e interpretar grandes volumes de dados permite uma resposta mais ágil e eficaz às necessidades da população e fortalece a capacidade de vigilância epidemiológica do Rio de Janeiro.

Para a sexta-feira, 10 de outubro, estava agendada a visita da comitiva ao Centro de Inteligência Epidemiológica (CIE), parte integrante da Subsecretaria de Vigilância em Saúde. O CIE desempenha um papel estratégico e fundamental no monitoramento constante do cenário epidemiológico da cidade do Rio de Janeiro. Sua atuação inclui a gestão e a coordenação de respostas rápidas e eficazes a emergências de saúde pública quando elas se fazem necessárias, consolidando-se como um pilar da segurança sanitária municipal e um exemplo de como a informação pode ser crucial no combate a doenças.

A importância da experiência brasileira foi sublinhada por García Nazaré-Pembele, colaborador do Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS) de Angola. “É uma grande oportunidade aprender com o Brasil, especialmente o uso de inteligência artificial na vigilância epidemiológica, algo que pretendemos incorporar em nossos sistemas de saúde”, afirmou Pembele. Sua declaração evidencia o interesse prático dos visitantes nas soluções tecnológicas brasileiras, especialmente aquelas ligadas à inteligência artificial, que podem ser replicadas e adaptadas em seus respectivos países para fortalecer as capacidades de vigilância e resposta a epidemias, alinhando-se aos esforços globais de saúde.

A troca de conhecimentos com o Ministério da Saúde brasileiro, parceiro no evento, é fundamental para o desenvolvimento contínuo das políticas públicas no setor. Para mais informações sobre as diretrizes e programas nacionais de saúde, recomenda-se a consulta ao portal oficial do Ministério da Saúde.

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A visita da comitiva internacional ao Rio de Janeiro reafirma o papel do Brasil como referência global em saúde pública, especialmente no que tange à atenção primária e ao uso de tecnologias avançadas. O intercâmbio de experiências é vital para fortalecer sistemas de saúde em escala global, promovendo um futuro mais seguro e saudável para todos. Para ficar por dentro das últimas notícias e análises sobre o cenário nacional e suas cidades, incluindo temas de saúde, continue navegando em nossa editoria.

Crédito da Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil

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