As seleções do Brasil para o Mundial de Ginástica Artística foram oficialmente convocadas, marcando o início do novo ciclo olímpico com foco nos Jogos de Los Angeles (LA2028). Com o torneio programado para ocorrer em Jacarta, Indonésia, entre os dias 19 e 25 de outubro, as equipes feminina e masculina se preparam para o desafio inaugural desta fase de renovação. O evento, que se inicia em menos de dez dias, será uma importante vitrine para novos talentos e para a adaptação a novas dinâmicas competitivas.
A ausência notável na lista feminina é a da maior medalhista olímpica do Brasil, Rebeca Andrade, que optou por não competir este ano. A decisão estratégica de Rebeca abre espaço para que outras ginastas ganhem experiência em um cenário internacional de grande porte. A equipe feminina será liderada por nomes já consagrados e com experiência olímpica, garantindo uma base sólida para as novatas.
Convocação: Seleções do Brasil para Mundial de Ginástica
A equipe feminina será encabeçada por Flávia Saraiva, de 26 anos, e Júlia Soares, ambas medalhistas de bronze por equipes nos Jogos de Paris 2024. Juntam-se a elas as promissoras Júlia Coutinho e Sophia Weisberg. O Mundial de Ginástica Artística em Jacarta representa uma oportunidade crucial para essas jovens atletas ganharem maturidade e se adaptarem ao ritmo de uma competição internacional, sob a orientação de ginastas mais experientes.
Flávia Saraiva, que em 2023 conquistou bronze no solo e prata por equipes no Mundial, ressaltou a importância do evento para a formação das novas gerações. “Estou tendo a oportunidade de treinar com atletas dez ou onze anos mais novas do que eu. Eu e a Julia Soares, que temos mais experiência, estamos aqui também para ensinar, podendo mostrar o que é um Campeonato Mundial”, afirmou a ginasta. Ela enfatizou que este é um momento de “aprendizado” e “amadurecimento”, e não de cobrança excessiva, especialmente para as jovens ginastas que convivem e treinam ao lado de duas medalhistas olímpicas. A convivência com atletas de diferentes gerações e níveis de experiência é um fator primordial para o desenvolvimento e a coesão da equipe.
Na disputa masculina, o Brasil será representado por uma equipe igualmente talentosa e com significativa bagagem. O time é composto por Arthur Nory, Caio Souza e Diogo Soares – trio com participações em edições anteriores dos Jogos Olímpicos. A esses atletas se juntam Vitaliy Guimarães e Yuri Guimarães, completando o quinteto que defenderá o país na Indonésia. A presença de ginastas olímpicos ao lado de novos talentos segue a mesma filosofia de desenvolvimento observada na equipe feminina, buscando um equilíbrio entre experiência e renovação.
Hilton Dichelli, coordenador da seleção masculina, detalhou a natureza particular deste Mundial. Segundo Dichelli, o primeiro Mundial de cada ciclo olímpico possui um caráter de “reinício” ou “início”. Essas competições são tipicamente “mais leves”, pois não há disputa por vagas olímpicas, o que permite uma maior flexibilidade na composição das equipes e na estratégia. “É uma excelente oportunidade para renovar equipes, para vermos caras novas, para retomada competitiva após recuperações, exibição de novas séries, adaptação a novos códigos de arbitragem”, explicou o coordenador. Essa abordagem estratégica visa preparar o terreno para os próximos anos, construindo uma base sólida para os desafios que virão até LA2028. Para mais informações sobre a ginástica brasileira, visite o site oficial da Confederação Brasileira de Ginástica.
É importante destacar que, excepcionalmente, por se tratar do Mundial de abertura do ciclo para os Jogos de Los Angeles 2028, o evento em Jacarta não contará com disputas por equipes na categoria geral. O torneio é conhecido como um “Mundial de especialistas”, focando exclusivamente nas competições por aparelhos e no individual geral. Essa configuração permite que os atletas se concentrem em suas especialidades e refinem suas performances em aparelhos específicos, além de testarem novas séries e estratégias sem a pressão da classificação por equipes para os Jogos. A ausência da competição por equipes também sublinha o caráter de “reinício” e experimentação mencionado por Dichelli, proporcionando um ambiente propício para a inovação e o desenvolvimento individual.
O Mundial de Ginástica Artística em Jacarta se configura, portanto, como um palco essencial para o Brasil dar os primeiros passos rumo a Los Angeles 2028. Com a combinação de atletas experientes e jovens talentos, as seleções brasileiras demonstram um compromisso com a renovação e a excelência contínua, visando fortalecer sua presença no cenário internacional da ginástica.
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Este Mundial é mais do que uma competição; é uma fundação para o futuro da ginástica brasileira. Acompanhe a nossa editoria de Esporte para ficar por dentro de todas as novidades e resultados das seleções.
Crédito da imagem: Divulgação/CBG

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