A investigação sobre a execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes avança, mas dois suspeitos permanecem foragidos, segundo informações recentes. Com a prisão de Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Mascherano” e apontado como “disciplina” do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região do ABC Paulista, o número de envolvidos detidos chegou a cinco na segunda-feira, dia 6 de novembro. O crime, que chocou o estado de São Paulo, ocorreu em setembro na Praia Grande, litoral paulista.
No total, a Polícia Civil de São Paulo identificou e solicitou a prisão de oito pessoas por envolvimento direto ou indireto na morte do ex-delegado. Dentre os investigados, cinco estão atualmente sob custódia, um foi morto em confronto com a polícia durante uma tentativa de prisão no estado do Paraná, e os dois restantes continuam sendo procurados pelas forças de segurança.
Dois Suspeitos Foragidos na Execução de Ex-Delegado
Os esforços da polícia estão concentrados na localização de Flavio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, os dois indivíduos que ainda não foram capturados e cujas participações no crime são consideradas cruciais. A complexidade do caso e o envolvimento de uma facção criminosa, como o PCC, ressaltam a necessidade de uma ação contínua e articulada das autoridades para levar todos os responsáveis à justiça.
Identificação dos Foragidos e suas Funções no Crime
Um dos principais alvos da Polícia Civil é Flavio Henrique Ferreira de Souza. Com uma aparência jovem, ele é investigado como um dos executores diretos da emboscada que resultou na morte de Ruy Ferraz Fontes. Acredita-se que Flavio Henrique estivesse dentro do veículo utilizado pelos criminosos no momento em que os disparos foram efetuados contra o ex-delegado. Até o momento, sua localização permanece desconhecida para as autoridades.
O segundo indivíduo ainda em fuga é Luiz Antônio Rodrigues de Miranda. Ele é apontado pelas investigações como o responsável pela organização do transporte do armamento pesado, especificamente um fuzil, utilizado no assassinato. Além disso, Luiz Antônio teria sido o condutor do carro que participou da ação criminosa contra Ruy Ferraz Fontes. A capacidade de articular a logística do crime e a fuga demonstra a periculosidade desses foragidos e a relevância de suas capturas para a conclusão do inquérito.
Os Cinco Suspeitos Presos na Operação
A Polícia Civil paulista já conseguiu efetuar a prisão de cinco suspeitos envolvidos na execução do ex-delegado. Cada um com sua participação específica, eles ajudam a traçar o panorama da complexa operação criminosa:
- Felipe Avelino da Silva: Conhecido no submundo do crime como “Mascherano”, ele é um membro influente do PCC, exercendo a função de “disciplina” da facção na região do ABC Paulista. Com um extenso histórico criminal, é apontado como um dos responsáveis pela execução direta de Ruy Ferraz Fontes.
- Dahesly Oliveira Pires: Sua prisão ocorreu sob suspeita de ter transportado o fuzil utilizado no crime de Praia Grande, no litoral, até Diadema, na Grande São Paulo. As investigações revelaram que ela recebeu um pagamento via Pix, cuja conta tinha ligação direta com Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, um dos foragidos.
- Luiz Henrique Santos Batista: Apelidado de “Fofão”, ele é identificado como traficante e membro do PCC. Sua participação no crime está relacionada à logística, mas ele não é considerado um dos executores diretos da vítima.
- Rafael Marcell Dias Simões: Identificado como o sexto envolvido no esquema, Rafael atua em uma facção criminosa com presença na Baixada Santista. Ele foi detido na cidade de São Vicente, também no litoral paulista.
- William Silva Marques: Proprietário do imóvel na Praia Grande que teria sido utilizado como base de apoio pelos criminosos. Foi nessa residência que Dahesly buscou o fuzil empregado na execução. William foi preso na manhã de um sábado, dia 20 de outubro.
Suspeito Morto em Confronto Policial
Além dos detidos e dos foragidos, um dos suspeitos de envolvimento na execução de Ruy Ferraz Fontes foi morto em confronto com a polícia no dia 30 de setembro, no Paraná. O incidente foi confirmado pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e pelo delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian.
O suspeito em questão era Umberto Alberto Gomes, de 39 anos. Ele havia sido apontado como um possível atirador no crime contra o ex-delegado. As evidências contra Umberto incluíam suas impressões digitais, que foram encontradas em um imóvel em Mongaguá, município próximo à Praia Grande, que serviu como base de apoio para a organização criminosa. Adicionalmente, o proprietário do imóvel confirmou a presença e participação de Umberto, e o rastreamento do seu celular indicou que ele estava no local e no horário do crime.

Imagem: cnnbrasil.com.br
Segundo o delegado Artur Dian, Umberto Gomes era alvo de um mandado de prisão e havia fugido para o Paraná. Policiais de diversas delegacias de São Paulo, com o apoio da Polícia Civil paranaense, realizaram a operação para prendê-lo. No momento da abordagem, Umberto reagiu e entrou em confronto armado com os agentes, sendo atingido e morrendo no local. Nenhum policial ficou ferido durante a troca de tiros. Para entender melhor a estrutura e atuação de organizações criminosas no país, saiba mais sobre a história do PCC, facção citada nas investigações.
Detalhes da Execução de Ruy Ferraz Fontes
Ruy Ferraz Fontes foi brutalmente executado em 15 de setembro, em uma emboscada meticulosamente planejada. O crime ocorreu em Praia Grande, no litoral paulista, após uma perseguição em alta velocidade. O carro do delegado capotou, e os criminosos aproveitaram a situação para efetuar mais de 20 disparos de fuzil contra ele, garantindo a consumação do assassinato.
Após a consumação do crime, os veículos utilizados pelos assassinos, que eram roubados, foram abandonados. Um deles foi incendiado em uma tentativa clara de apagar vestígios e dificultar a ação da polícia. A violência e a premeditação da ação demonstram a natureza organizada e impiedosa dos envolvidos na morte do ex-delegado.
A Polícia Civil continua empenhada na captura de Flavio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, visando desvendar por completo a teia de envolvimentos e motivações por trás da execução de Ruy Ferraz Fontes. A comunidade e as autoridades aguardam a finalização desta importante investigação para garantir que a justiça seja plenamente cumprida.
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A busca pelos dois suspeitos foragidos na execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes é uma prioridade para as autoridades paulistas, que seguem mobilizadas para desarticular a quadrilha envolvida. A complexidade do caso, com múltiplos agentes e uma facção criminosa por trás, ressalta a importância de acompanhar as notícias sobre segurança pública e justiça. Para mais detalhes sobre as investigações em curso e outros desdobramentos, continue navegando pela nossa editoria de Cidades.
Crédito da imagem: Reprodução/CNN