O Governo Adquire 150 Mil Antídotos Contra Metanol em uma medida emergencial anunciada pelo Ministério da Saúde. O objetivo principal é fortalecer a capacidade de estados e municípios no tratamento de pacientes que tenham sofrido intoxicação pela ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas.
Esta iniciativa visa prover os recursos necessários para a resposta imediata aos casos registrados no país.
A determinação envolve a aquisição de um volume significativo de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico.
Além dessa compra, o governo federal está explorando a possibilidade de adquirir Fomepizol, um antídoto mais específico, por meio de contato com produtores internacionais e agências reguladoras.
O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que utilizou suas redes sociais para comunicar a importante deliberação.
Governo Adquire 150 Mil Antídotos Contra Metanol
O ministro Alexandre Padilha detalhou a estratégia, confirmando a compra emergencial das 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para dar suporte aos sistemas de saúde locais.
Ele também informou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi acionada para contatar produtores e outras agências internacionais, buscando a aquisição do Fomepizol, medicamento crucial para os casos de intoxicação por metanol. Segundo Padilha, essas ações são um reforço preventivo e reativo contra a crescente ameaça de bebidas adulteradas.
Ações Estratégicas e Monitoramento
Na quinta-feira, 2 de outubro de 2025, o ministro Padilha presidiu uma reunião da sala de situação, uma estrutura criada pelo governo federal para monitorar e coordenar as ações de enfrentamento à intoxicação por metanol.
Durante o encontro, foram discutidas as estratégias para lidar com os casos suspeitos e confirmados que vêm sendo identificados em diversas regiões.
A sala de situação desempenha um papel fundamental na integração das respostas federais, estaduais e municipais, visando uma abordagem unificada e eficaz.
A coordenação centralizada busca otimizar a distribuição de recursos e informações, garantindo que as autoridades de saúde em todas as esferas estejam alinhadas.
O aumento do registro de ocorrências, especialmente no estado de São Paulo, ressaltou a necessidade de uma abordagem robusta e bem organizada para conter o avanço das intoxicações por bebidas adulteradas com metanol.
A agilidade na resposta e na disponibilidade de antídotos é crucial para salvar vidas e mitigar os danos à saúde pública, protegendo a população.
Estoque Nacional e Aquisição de Fomepizol
O Ministério da Saúde já havia estabelecido uma parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para estruturar um estoque estratégico de 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico.
Este estoque está distribuído em hospitais universitários federais e em serviços integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo uma reserva inicial para emergências.
A compra emergencial de mais 5 mil tratamentos, que correspondem às 150 mil ampolas mencionadas, visa assegurar a reposição contínua e a distribuição eficiente do produto, conforme a demanda de estados e municípios. Esta medida reforça o compromisso do governo em manter um suprimento adequado para todas as necessidades.
A pasta da Saúde também informou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma chamada pública internacional. O objetivo é identificar fornecedores do Fomepizol, um medicamento específico para o tratamento de intoxicações por metanol que atualmente não está disponível no mercado brasileiro.
Essa ação demonstra a proatividade das autoridades em buscar soluções fora do país para uma questão de saúde pública urgente, garantindo o acesso ao tratamento mais adequado.
Mobilização Internacional e Pedido à Opas
A chamada pública da Anvisa é uma iniciativa que mobilizará as dez maiores agências reguladoras de medicamentos do mundo. O intuito é que estas agências indiquem, em seus respectivos países, quais são os produtores do Fomepizol. Esta abordagem colaborativa internacional visa acelerar o processo de identificação e aquisição do antídoto, que é essencial para casos mais graves de contaminação por metanol, garantindo que o Brasil possa obter o medicamento de forma eficiente.
Em paralelo, o governo brasileiro oficializou um pedido de doação imediata de 100 tratamentos de Fomepizol à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Essa solicitação visa obter um lote inicial do medicamento de forma rápida, enquanto as negociações de compra a longo prazo são conduzidas. Adicionalmente, o Ministério da Saúde expressou a intenção de adquirir mais mil unidades do medicamento por meio da linha de crédito do Fundo Estratégico da Opas. Tais medidas combinadas podem expandir consideravelmente o estoque nacional, garantindo maior capacidade de resposta e preparação.
Medidas de Precaução e Cenário Atual
Ao anunciar todas essas providências, o ministro Alexandre Padilha enfatizou que os pedidos e as compras dos antídotos estão sendo realizados como uma medida de precaução.
Ele destacou que, nos últimos anos, o Brasil não havia ultrapassado a marca de 20 casos de intoxicação por metanol anualmente. Contudo, o cenário recente revela um aumento no número de registros, principalmente no estado de São Paulo, o que justificou a necessidade de ações preventivas mais robustas por parte do Ministério da Saúde.
A postura proativa do governo busca evitar uma crise de saúde pública ainda maior e proteger a saúde da população.
Situação dos Casos de Intoxicação
Até a tarde de quinta-feira, 2 de outubro de 2025, o Brasil havia reportado 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Desses, 11 casos já foram confirmados por meio de detecção laboratorial, conforme informações do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs), que atua sob a coordenação da Sala de Situação do governo federal.
Esses dados sublinham a importância da agilidade na resposta e na disponibilidade de tratamentos adequados para os afetados.
Lamentavelmente, uma morte decorrente dessa modalidade de intoxicação foi confirmada pelo Ministério da Saúde, no estado de São Paulo. Além disso, outros sete óbitos permanecem sob investigação para determinar a causa exata, sendo dois deles em Pernambuco e os cinco restantes também no estado de São Paulo.
A vigilância epidemiológica continua intensificada para mapear a extensão do problema e garantir o controle sanitário das bebidas comercializadas, minimizando os riscos para os consumidores.
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As ações do Ministério da Saúde representam um esforço contínuo para proteger a população dos riscos de intoxicação por metanol, reforçando a capacidade de resposta do SUS e buscando soluções no cenário internacional.
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