O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou como vitoriosa a estratégia do Brasil nas negociações com os Estados Unidos, com o objetivo de reverter as taxações unilaterais incidentes sobre produtos nacionais. Em entrevista concedida a profissionais de rádio e portais na manhã desta terça-feira, 7 de outubro, no programa Bom Dia, Ministro, Haddad enfatizou que a recente conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, ocorrida nesta segunda-feira, detém o potencial de dissolver impasses e pavimentar o caminho para soluções mais alinhadas à diplomacia e ao comércio exterior entre as duas nações.
A abordagem brasileira, segundo Haddad, tem demonstrado êxito. O ministro pontuou que, apesar de sugestões para que o governo do presidente Lula adotasse um curso de ação distinto, a confiança nos argumentos apresentados é tal que a expectativa é de que a diplomacia nacional, reconhecida como uma das mais eficazes globalmente, prevaleça.
Na visão do titular da pasta econômica, a relação entre Brasil e Estados Unidos tem um histórico de cooperação robusta. A interlocução entre os chefes de Estado foi, conforme Haddad, altamente produtiva e direcionada para esse fim. Para entender melhor a dinâmica e os desafios das relações comerciais e diplomáticas, o Ministério das Relações Exteriores detalha a política externa brasileira para com os Estados Unidos. A expectativa é de um alívio nas tensões e a criação de um ambiente propício para diálogos francos e construtivos.
Haddad confia na diplomacia para reverter taxações dos EUA
ao se basear nos laços históricos e nos benefícios mútuos.
Argumentos Econômicos em Destaque
Haddad explicou que a colaboração do Ministério da Fazenda com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio tem sido fundamental para fundamentar as discussões com base em dados econômicos sólidos. Ele salientou que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumularam um superávit comercial de US$ 410 bilhões em suas transações com o Brasil. Além disso, o ministro recordou que a imposição de uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros gerou um impacto negativo e perceptível na vida dos consumidores americanos.
O impacto dessa medida tarifária, de acordo com o ministro, refletiu-se em preços mais elevados para itens essenciais, como café e carne, para o público americano. A população dos EUA, segundo Haddad, está percebendo, ao longo dos últimos dois meses, que as taxações mais prejudicaram do que beneficiaram o próprio país. Os fatos corroboram a relevância da parceria entre as nações, inclusive no que tange às vantagens claras que os Estados Unidos obtêm ao manter um relacionamento comercial próspero com o Brasil.
Virando a Página e Oportunidades Futuras
O ministro revelou que há uma clara determinação por parte dos dois presidentes de superar o período problemático que marcou os últimos dois meses da relação bilateral. Ele reiterou que ambos os países compartilham uma longa trajetória de cooperação. A recente conversa entre os líderes foi extremamente positiva e aponta para a descompressão das relações, abrindo espaço para um intercâmbio franco e produtivo. Haddad ressaltou a importância de que “governos entram e saem, mas dois estados da importância de Brasil e Estados Unidos têm que manter uma relação cordial. Estamos no mesmo continente, somos as maiores democracias ocidentais”, completou.
Fernando Haddad foi designado pelo presidente Lula, em conjunto com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), para dar prosseguimento às negociações com Marco Rubio, Secretário de Estado norte-americano, que foi indicado por Donald Trump para o diálogo. A partir dos progressos alcançados, está previsto um encontro presencial entre os presidentes. Haddad informou que sua próxima viagem aos Estados Unidos, por ocasião das reuniões de outono do G20, do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), constituirá uma oportunidade valiosa para o aprofundamento do diálogo bilateral.
A urgência, na visão do ministro, reside em acelerar essas discussões para aliviar o peso injusto que recai sobre empresários e trabalhadores brasileiros, especialmente em empresas mais afetadas. Esses setores estão arcando com um custo desproporcional, atribuído a ações de grupos de extrema-direita brasileiros que, até recentemente, estariam desinformando o governo americano sobre a realidade do país, concluiu o ministro.
Participantes do Bom Dia, Ministro
O programa Bom Dia, Ministro, no qual Fernando Haddad concedeu a entrevista, é uma iniciativa conjunta da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A edição desta terça-feira contou com a participação de veículos como a Rádio Nacional de Brasília, Amazônia e Alto Solimões (EBC); Rádio Bandeirantes (São Paulo/SP); Rádio Verdinha (Fortaleza/CE); Portal Primeira Página (Cuiabá/MT); Rádio Nova Brasil FM (Brasília/DF); Rádio Gaúcha (Porto Alegre/RS); Portal A Tarde (Salvador/BA); e Rádio CBN (Belém/PA).
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Este artigo detalha a confiança do ministro Haddad na diplomacia brasileira para fortalecer a relação Brasil-Estados Unidos e reverter medidas tarifárias. Continue acompanhando nossa editoria de Economia para mais análises e notícias sobre o cenário político-econômico nacional e internacional.
Crédito da imagem: Diego Campos / Secom / PR