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Ibovespa Futuro Sobe com Otimismo Pós-Powell e BC no Radar

Economia

O Ibovespa Futuro opera em ascensão na manhã desta quarta-feira (15), impulsionado por um renovado apetite ao risco nos mercados internacionais. A movimentação altista reflete a reação dos investidores aos comentários recentes do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, percebidos como “dovish”, enquanto o cenário doméstico mantém o Banco Central brasileiro sob atenção.

Às 9h03 (horário de Brasília), o contrato futuro do principal índice da bolsa brasileira, com vencimento em outubro, registrava valorização de 0,26%, atingindo a marca de 142.260 pontos. Paralelamente, as ações globais mostravam sinais de recuperação após perdas recentes, e o dólar apresentava queda em relação às principais moedas, indicando um alívio nas tensões do mercado.

Ibovespa Futuro Sobe com Otimismo Pós-Powell e BC no Radar

Essa tendência de alta foi catalisada pelas declarações de Jerome Powell na terça-feira, que sinalizou a possibilidade de novos cortes na taxa de juros dos Estados Unidos. Adicionalmente, o líder do banco central norte-americano mencionou que o processo de redução do balanço da instituição pode estar se aproximando do fim, o que foi interpretado positivamente pelos investidores como um indicativo de uma política monetária mais acomodatícia. Tais expectativas fortaleceram as projeções de um afrouxamento monetário adicional ainda este ano, com cerca de 48 pontos-base de cortes nos juros precificados para ocorrer até dezembro.

Cenário Doméstico: Banco Central e Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

Na esfera nacional, o Banco Central brasileiro permanece no centro das atenções do mercado. A agenda desta quarta-feira inclui importantes eventos com diretores da instituição. Nilton David, diretor de Política Monetária do BC, está programado para palestrar em um evento organizado pelo banco Goldman Sachs ao meio-dia. Mais tarde, às 15h45, Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais, participará como painelista em um seminário promovido pela J.P. Morgan, onde as discussões sobre o futuro da política econômica nacional deverão ser abordadas.

Outro ponto relevante na pauta doméstica é o andamento da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano. A Comissão Mista de Orçamento, conforme informações divulgadas pela Agência Senado, adiou a votação do projeto da LDO para esta própria quarta-feira, com previsão de início às 14h. A aprovação da LDO é crucial para balizar a elaboração do Orçamento Federal e a gestão fiscal do país.

Mercados Internacionais em Recuperação

O otimismo impulsionado pelas falas de Powell ecoou em Wall Street, onde os principais índices futuros operavam em alta. O Dow Jones Futuro registrava valorização de 0,49%, enquanto o S&P Futuro avançava 0,64%. O Nasdaq Futuro, por sua vez, apresentava uma alta ainda mais expressiva, de 0,82%. Essa recuperação sinaliza uma visão mais favorável dos investidores em relação à economia global e às perspectivas de afrouxamento monetário.

No mercado cambial, o dólar à vista demonstrou fraqueza, operando com uma baixa de 0,13% e sendo cotado a R$ 5,462 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento também acompanhava a tendência de desvalorização, caindo 0,38% e negociado a R$ 5,480 pontos. Essa depreciação da moeda americana reflete a percepção de maior segurança global e menor busca por ativos considerados mais seguros.

Os mercados da região da Ásia-Pacífico encerraram o dia com ganhos, contrariando a volatilidade observada em Wall Street em sessões anteriores. Esta performance positiva ocorreu mesmo em meio à intensificação de uma nova disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, indicando que os investidores podem estar digerindo os impactos desses atritos de forma mais resiliente.

Tensões EUA-China e o Impacto nas Commodities

Apesar da recuperação em alguns mercados, a tensão entre as duas maiores economias do mundo continua a ser um fator de incerteza. Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, criticou abertamente a China pela falta de compra de soja americana, classificando a atitude como economicamente hostil. Trump chegou a ameaçar retaliações, incluindo um possível embargo ao óleo de cozinha, elevando o nível da disputa comercial.

No contexto chinês, os dados econômicos recentes reforçam as preocupações. Os preços ao consumidor recuaram além das expectativas em setembro, e a deflação nos preços ao produtor persistiu. Estes indicadores apontam para uma demanda interna enfraquecida e para os efeitos das tensões comerciais na confiança tanto de consumidores quanto de empresas no país asiático.

Os preços do petróleo, por sua vez, operavam com pouca variação, próximos da estabilidade, após terem recuado para a mínima de cinco meses na terça-feira. A expectativa de um excesso de oferta no mercado global e a escalada das tensões comerciais entre EUA e China são os principais fatores que influenciam a commodity. A Agência Internacional de Energia (AIE) projeta um cenário de superávit na oferta global de petróleo de quase 4 milhões de barris por dia no próximo ano, uma revisão significativa que representa um aumento de quase um quinto em relação à previsão anterior. Para mais informações sobre as projeções do mercado de energia, você pode consultar o site da Agência Internacional de Energia, uma fonte global de dados e análises.

Os investidores também se mantêm atentos a possíveis novas retaliações entre Washington e Pequim, especialmente após a declaração do presidente Trump de que poderia interromper o comércio de óleo de cozinha com a China, o que poderia agravar ainda mais o cenário de tensões. Paralelamente, as cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, diretamente impactadas pelos temores relacionados à perspectiva de demanda, que se deteriora com o agravamento da disputa comercial entre as duas potências globais.

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Diante de um panorama econômico global dinâmico, marcado por decisões de política monetária e tensões comerciais, o Ibovespa Futuro reflete a complexidade e a interconexão dos mercados. Para acompanhar de perto essas e outras notícias relevantes sobre o cenário econômico e financeiro, continue navegando em nossa editoria de Economia.

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