Israel se prepara para a primeira fase do plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Faixa de Gaza. A confirmação veio do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na noite de sexta-feira (3), madrugada de sábado (4), pelo horário local, após o grupo islâmico Hamas sinalizar aceitação de parte das condições estipuladas. A etapa inicial do plano americano prioriza a libertação de todos os reféns.
De acordo com informações veiculadas pela mídia israelense, o alto escalão político de Israel instruiu suas forças militares a reduzir as atividades ofensivas em Gaza. Esta medida ocorre em resposta à indicação de prontidão para a “implementação imediata” da fase inaugural do plano de Trump, que visa estabelecer um acordo no enclave palestino.
Nesta sexta-feira, o Hamas comunicou sua aceitação de elementos do plano de Trump com o objetivo de pôr fim ao conflito na Faixa de Gaza. Entre os pontos acatados, destacam-se a libertação de reféns e a transferência da administração do território. Contudo, o grupo militante palestino não se manifestou sobre a exigência de desarmamento, uma condição crucial para Israel e os EUA, e que já havia sido reiteradamente rejeitada pelo Hamas no passado. O avanço nesta complexa negociação marca um ponto de inflexão na busca por uma solução duradoura na região.
Israel se Prepara para 1ª Fase do Plano Trump em Gaza
Em um comunicado oficial, o Hamas confirmou seu compromisso em liberar todos os reféns israelenses, independentemente de estarem vivos ou mortos, em conformidade com o previsto no acordo apresentado pelo presidente americano. O plano detalhado por Donald Trump abrange 20 pontos estratégicos, delineados para pavimentar o caminho para um acordo de paz efetivo no enclave palestino.
As diretrizes do acordo preveem uma série de medidas. Entre elas, está a concessão de anistia a membros do Hamas que demonstrarem engajamento com a convivência pacífica e aceitarem o desarmamento. Para aqueles que optarem por deixar Gaza, o plano garante uma passagem segura para países que aceitarem recebê-los. A complexidade dessas disposições reflete a magnitude dos desafios envolvidos na busca por estabilidade regional.
Detalhes Cruciais do Acordo Proposto
Anteriormente, o presidente Trump havia emitido um ultimato por meio de suas redes sociais, conclamando o grupo a aceitar o plano de paz até o domingo (5), sob pena de “enfrentar o inferno” caso contrário. A pressão internacional e a diplomacia americana têm sido elementos constantes nas negociações. Analistas de política externa acompanham o desenvolvimento deste cenário, conforme detalhado por diversas instituições que estudam relações internacionais, como o Council on Foreign Relations, que frequentemente aborda temas de segurança e política global.

Imagem: valor.globo.com
Após a divulgação da declaração presidencial, Mousa Abu Marzouk, um alto funcionário do Hamas, concedeu uma entrevista à emissora Al Jazeera. Na ocasião, Marzouk reiterou que o grupo não se desarmará antes do término da ocupação israelense. Ele enfatizou, ainda, que quaisquer discussões sobre o futuro de Gaza devem ser conduzidas dentro de um quadro nacional palestino abrangente, do qual o Hamas se considera parte integrante.
A posição do Hamas sublinha a persistência de divergências fundamentais que ainda precisam ser superadas para a concretização de um acordo definitivo. A questão do desarmamento permanece um dos pontos mais sensíveis e controversos, exigindo abordagens diplomáticas complexas e concessões mútuas para que qualquer plano de paz possa ser plenamente implementado e sustentado a longo prazo na região.
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A preparação de Israel para a primeira fase do plano de paz de Trump, que inclui a libertação de reféns após a aceitação parcial do Hamas, marca um momento crucial no conflito em Gaza. Contudo, a recusa do Hamas em aceitar o desarmamento antes do fim da ocupação israelense indica que o caminho para um acordo duradouro ainda apresenta obstáculos significativos. Para aprofundar a compreensão sobre os desdobramentos diplomáticos na região e as implicações políticas globais, acesse nossa editoria de Política e acompanhe as últimas análises e reportagens sobre este e outros temas relevantes.
Crédito da imagem: Benjamin Netanyahu – Foto: Alex Brandon/AP