Um prejuízo de R$ 80 mil moldou a trajetória de Léo Hoffmann, trader experiente que hoje compartilha sua jornada de superação e amadurecimento no mercado financeiro. O revés, ocorrido em 2018, tornou-se um ponto de virada fundamental, alterando radicalmente sua abordagem em relação ao risco, às emoções e à dinâmica das operações. Longe de ser apenas uma perda financeira, o episódio representou um divisor de águas crucial para seu desenvolvimento profissional, sendo classificado por ele como “o evento mais importante da minha vida como trader”.
Convidado do episódio 242 do programa GainCast, Hoffmann detalhou os altos e baixos de sua carreira no mercado, enfatizando um incidente específico: uma perda substancial em uma operação de Bitcoin que quase o levou a abandonar a atividade. “Foi em 2018, quando eu estava fazendo ainda essa migração das criptos pra bolsa. E foi um loss pesado no Bitcoin. Eu estava operando alavancado, em corretoras que naquela época eram as primeiras que estavam permitindo. E dormi posicionado. Fui adicionando lote, coisa que eu nunca fazia já naquela época de fazer um médio contra”, relembra o trader.
A operação culminou em uma perda exata de R$ 80 mil, coincidindo com o período de seu aniversário. O impacto foi tão significativo que ele demorou semanas para comunicar o ocorrido à esposa e, posteriormente, permaneceu por igual período sem acompanhar o mercado. O evento foi “meio traumático”, mas inegavelmente crucial para sua evolução, segundo suas próprias palavras.
Prejuízo de R$ 80 mil molda a trajetória de Léo Hoffmann, trader
Após essa experiência, a perspectiva de Hoffmann sobre a gestão de risco transformou-se por completo.
De acordo com Léo Hoffmann, o incidente traumático serviu como catalisador para uma profunda reavaliação de seu comportamento operacional e emocional. “A partir dali eu comecei a olhar de fato pro gerenciamento de risco como eu deveria”, explicou. Ele chegou a considerar seriamente a possibilidade de abandonar o mercado, expressando: “Cheguei a pensar: não quero mais isso aqui pra mim. Vou voltar a trabalhar na empresa em que eu trabalhava”. No entanto, a decisão foi de encarar a adversidade como uma oportunidade de aprendizado.
Em vez de desistir, Hoffmann optou por extrair lições valiosas do ocorrido. “Eu falei: fiz um ano e pouco, consegui extrair valor, mesmo que ainda nos altos e baixos. Não vai ser isso que vai me derrubar. Eu vou aprender com isso para nunca mais fazer”, concluiu, demonstrando sua resiliência e determinação em aprimorar suas estratégias no trading.
Antes de enfrentar a perda marcante, o trader Léo Hoffmann já havia conquistado ganhos expressivos com a ascensão histórica do Bitcoin em 2017, período que marcou seu ingresso no mercado. Contudo, ele reconhece que essa fase inicial foi marcada por uma montanha-russa de resultados. “Esse primeiro ano de 2017, eu consegui fazer uma grana, mas foram altos e baixos. Eu não tinha consistência no gerenciamento de risco. Não eram resultados que tinham uma crescente tão sólida”, relembra, admitindo que a sorte também teve um papel importante naquele boom das criptomoedas.
Ao decidir deixar seu emprego na área de TI no final de 2017, Léo Hoffmann tinha plena consciência de que ainda não possuía o status de trader profissional. “Eu sabia que eu não era um trader profissional. Nunca me considerei um trader profissional naquele momento”, afirmou. No entanto, sua decisão veio acompanhada de um planejamento estratégico. “Falei: nossa, vou mergulhar de cabeça nisso aqui pra buscar multiplicar isso que eu consegui fazer”, pontuou, indicando seu comprometimento com o desenvolvimento profissional.
Na sua transição para a bolsa de valores, Léo Hoffmann não se apressou em operar com capital real. Antes de tudo, ele passou por uma etapa crucial de adaptação. “Passei por um período no simulador para me adaptar e tudo mais”, relatou. Durante esse estágio, dedicou-se a testar diferentes setups, ajustar seu mindset e compreender com mais profundidade as dinâmicas complexas do day trade, preparando-se metodicamente para os desafios que viriam.

Imagem: infomoney.com.br
A partir de 2018, o trader intensificou sua rotina de estudos e a prática no mercado. O foco em repetição e uma análise crítica constante de seus próprios trades começaram a gerar resultados mais estáveis e consistentes. “A técnica foi se desenvolvendo com muito estudo e muita dedicação”, afirmou Léo Hoffmann. O processo de aprendizado, antes mais intuitivo, evoluiu para a formação de um método operacional cada vez mais estruturado e consciente.
O amadurecimento profissional de Léo Hoffmann culminou na capacidade de sistematizar suas decisões. “Dali para frente eu acho que já tinha um operacional mais maduro, mais conciso, de eu conseguir descrever com regras aquilo que eu fazia”, explicou. Para ele, essa sistematização foi vital para eliminar a subjetividade inerente à tomada de decisões no mercado. “Na análise técnica, a gente sabe que tem muita subjetividade. Então, você precisa ter algumas amarras ali para ter uma clareza naquilo que você vai executar”, observou.
Para aprofundar-se em temas como análise técnica e tendências do mercado, é possível consultar plataformas de notícias financeiras renomadas, como o InfoMoney, que frequentemente publica análises detalhadas sobre minicontratos de dólar e índice.
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A experiência de Léo Hoffmann reforça a importância da resiliência e de um gerenciamento de risco rigoroso para o sucesso no trading. Sua trajetória, marcada por um revés significativo que se transformou em mola propulsora para o amadurecimento, serve de inspiração para quem busca consistência no mercado financeiro. Convidamos você a explorar mais conteúdos sobre o mercado financeiro e desenvolvimento de carreira em nossa editoria de Economia, onde você encontrará análises e histórias que podem enriquecer sua jornada.
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