O resgate de valores esquecidos em instituições financeiras continua sendo um tema de grande relevância para milhões de brasileiros e empresas. O Banco Central (BC) anunciou na última terça-feira, 7 de outubro de 2025, que um montante expressivo de R$ 10,46 bilhões permanece disponível para saque. Este valor está distribuído entre mais de 53 milhões de indivíduos e pessoas jurídicas, que aguardam para solicitar a devolução de seus recursos através do Sistema de Valores a Receber (SVR).
A quantia bilionária está segmentada de forma específica entre os beneficiários. Cerca de R$ 8,08 bilhões pertencem a 48,4 milhões de pessoas físicas, enquanto os R$ 2,37 bilhões restantes estão em nome de 4,56 milhões de empresas. Esses dados, que correspondem a agosto de 2025, são divulgados com uma defasagem de dois meses pelo Banco Central, oferecendo uma visão atualizada sobre o volume de recursos que ainda não foram reclamados por seus legítimos proprietários.
Valores Esquecidos: R$ 10,4 Bilhões Aguardam Resgate no BC
A consulta e o processo de resgate desses valores esquecidos são realizados exclusivamente por meio da página oficial do SVR: valoresareceber.bcb.gov.br. Para acessar o sistema, é indispensável que os usuários possuam uma conta nível ouro ou prata verificada no Portal Gov.br e que tenham a verificação em duas etapas ativada. Esta exigência garante a segurança e a autenticidade do acesso, protegendo os dados dos cidadãos. É crucial frisar que, conforme informações divulgadas pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda, não existe um prazo limite estabelecido para o saque desses montantes, que permanecem sob custódia das instituições financeiras até que o titular solicite o resgate.
O Volume de Resgates e a Dinâmica dos Valores Disponíveis
Apesar do elevado volume de recursos que ainda não foram sacados, o sistema de resgate tem registrado uma atividade considerável. Somente no mês de agosto de 2025, o total de valores resgatados atingiu R$ 396,7 milhões. Desde o lançamento do Sistema de Valores a Receber, em fevereiro de 2022, já foram devolvidos impressionantes R$ 11,74 bilhões. Detalhadamente, 30,3 milhões de pessoas físicas recuperaram R$ 8,66 bilhões, e 3,2 milhões de empresas resgataram R$ 3,08 bilhões. Esses números evidenciam a eficácia contínua do sistema em retornar aos cidadãos e empresas o dinheiro que lhes pertence por direito.
A maior parcela dos beneficiários que possuem valores esquecidos tem direito a quantias relativamente baixas. As estatísticas do Banco Central indicam que 64% dos correntistas possuem saldos a receber de até R$ 10. Em contrapartida, apenas 1,8% dos beneficiários têm valores acima de R$ 1 mil. Essa distribuição revela que, embora o número de pessoas com direito a resgate seja expressivo, a vasta maioria se concentra em montantes de menor valor.
Os valores a receber estão distribuídos entre diversas categorias de instituições financeiras. Os bancos concentram a maior parte, com R$ 5,9 bilhões. As administradoras de consórcio vêm em seguida, com R$ 3,1 bilhões, e as cooperativas de crédito somam R$ 864 milhões. Além dessas, instituições de pagamento, financeiras, corretoras e distribuidoras também detêm parte desses recursos. As origens mais comuns para esses valores incluem contas correntes e poupanças que foram encerradas, tarifas cobradas indevidamente, cotas de cooperativas de crédito não resgatadas, recursos de consórcios finalizados e saldos residuais em contas de pagamento.
Imagem: agenciabrasil.ebc.com.br
Processo de Resgate: Gratuito, Seguro e Alerta Contra Golpes
O Banco Central reforça que todo o procedimento de consulta e resgate é inteiramente gratuito e deve ser realizado exclusivamente por meio do site oficial do Sistema de Valores a Receber (SVR). Para aqueles que possuem uma chave Pix cadastrada, o processo é agilizado, com a devolução do dinheiro podendo ser efetuada em até 12 dias úteis. Caso o beneficiário não tenha Pix, será necessário entrar em contato diretamente com a instituição financeira indicada pelo sistema para combinar a melhor forma de pagamento. No fim de maio, o BC também anunciou a implementação da funcionalidade de pedido automático de resgate, visando simplificar ainda mais a vida do cidadão, que não precisará consultar o sistema periodicamente ou registrar manualmente cada valor em seu nome.
A segurança dos usuários é uma prioridade, e o Banco Central alerta enfaticamente os correntistas para que permaneçam vigilantes contra golpes. Estelionatários frequentemente tentam se passar por intermediários para supostos resgates de valores esquecidos. O BC enfatiza que não envia links nem entra em contato para tratar sobre esses valores ou para solicitar a confirmação de dados pessoais. É fundamental que os cidadãos jamais forneçam senhas ou qualquer informação sensível, pois apenas a instituição financeira apontada na consulta do SVR possui autorização para contatar o beneficiário a respeito do resgate. Para mais detalhes sobre o SVR e como ele funciona, consulte a página oficial do Banco Central. O Sistema de Valores a Receber oferece todas as informações e o caminho seguro para a recuperação dos seus recursos.
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Em resumo, os bilhões de reais em valores esquecidos representam uma oportunidade concreta para milhões de brasileiros e empresas recuperarem recursos que lhes são devidos. O Banco Central tem se dedicado a aprimorar continuamente o Sistema de Valores a Receber para tornar o processo cada vez mais acessível, transparente e seguro. Mantenha-se informado, siga as orientações oficiais para garantir seu resgate e evite cair em golpes. Para acompanhar outras análises e notícias relevantes sobre a economia brasileira e outros temas, continue explorando nossa seção de Economia em nosso portal.
Crédito da imagem: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo
